quinta-feira, 9 de maio de 2013

Especial CYBER-GOTH


Uma das “atrações” mais divertidas que você irá encontrar na Subcultura Gótica é a extensa variedade de combinações de centenas de visuais e tendências.
O Cyber-Goth é uma das mais populares. Surgiu em meados da década de 1990 e se expandiu mundo à fora, ganhando centenas de adeptos.

SURGIMENTO:

Não se sabe realmente o ano exato em que a tendência Cyber-Goth surgiu. Cronologicamente e musicalmente falando, a primeira banda com temas/som que agradaria Cyber-Goths surgiu na década de 1980: O Front 242, que é considerada a banda modelo quando o assunto é EBM. Entretanto, consideramos que o real aparecimento da tendência Cyber (e aqui incluímos a estética futurista, etc.) se deu a partir do final dos anos 90, com o surgimento de bandas com a temática voltada totalmente para o Cyber-Goth, como é o caso do Amduscia, por exemplo.

COMPORTAMENTO:

Enquanto Góticos Vitorianos gloriam-se e adoram o passado, o Cyber-Goth sonha com um futuro caótico e decadente, onde humanos são controlados por máquinas, com radiação solta no ar, gases venenosos e contagiosos à espreita em qualquer esquina, tudo isso numa atmosfera futurista e obscura.
Tais “sonhos e ideias” ganharam ainda mais força com letras de musicas de algumas bandas, dando destaque para Centhron (cujos álbuns dão a impressão de estarmos dentro de um rpg futurista, caótico e negro!).

ESTÉTICA:

A estética Cyber-Goth é uma das mais ricas e chamativas da cena. Seguindo e baseando-se em seus sonhos e devaneios de um futuro apocalíptico, esse subgênero da cena costuma abusar da estética futurista.
Restos de materiais são frequentemente usados. A presença de neon e látex também é constante, assim como a combinação de cores escuras com cores fosforescentes (ex: preto com verde ácido ou amarelo radioativo). É constante também o uso de goggles, máscaras de gás e elementos com símbolos radioativos.

MÚSICA:

A música, geralmente, diverge e varia de acordo com o indivíduo. Não existe um gênero musical chamado “Cyber-Goth”. Contudo, os adeptos do Cyber geralmente gostam de sons eletrônicos, com batidas ácidas e suaves ao mesmo tempo, algo sugerindo caos e decadência agressiva e poética. Geralmente, as bandas que costumam fazer esse tipo de som circulam entre o Industrial, EBM, Eletro-Goth e Future Pop.
Os vocais podem ser desde graves e fantasmagóricos até guturais gritados, “demoníacos” e desesperadores.
Algumas bandas indicadas: Front 242, Nitzer EBB, VNV Nation, God Module, Amduscia, Agonoize, In Strict Confidence, Centhron, Angelspit, Ayria, Hocico, Suicide Commando , Einsenfunk, Velvet Acid Christ, Ashbury Heights (principalmente o primeiro álbum de 2005, onde os vocalistas apareciam vestidos de látex em cores fosforescentes), Combichrist, Extize, Miss Construction, Nachtmahr etc.

ENTRETENIMENTO:

A tendência Cyber-Goth não consiste apenas na música e nos quesitos estéticos e comportamentais. Existem ainda alguns livros e filmes que possuem a atmosfera caótica e futurista tão presente nesse gênero.
Aqui vão algumas indicações: Matrix (trilogia), Aeon Flux, Ultravioleta, Anjos da Noite: O Despertar, O Extermínio 1 e 2, Resident Evil (série), Eu,Robô (filme e livro), Terror em Silent Hill (tanto filme quanto jogo é recheado de visuais maravilhosos), Doom: A Porta do Inferno e etc.

EVENTOS:

Atualmente, no Brasil, não existe uma única festa voltada para temas excepcionalmente e/ou somente Cyber-Goth. Sabe-se que no estado do Rio de Janeiro concentra-se uma cena mais organizada, e que eventos de pequeno porte são constantes ao longo do ano.
Porém, há sempre uma grande variedade de Cyber-Goth’s no Wave Gotik Treffen (maior festival voltado a Subcultura Gótica do mundo) e no M’Era Luna Festival.
Aqui em São Paulo, é comum encontrar alguns Cybers em eventos de Industrial e EBM, como o Bats and Robots, o Fabrikka e o Projeto Absinthe.

PALAVRA DO EDITOR:
O Cyber-Goth é uma das tendências que eu, em meu particular, mais gosto na cena Goth. Rico em detalhes, estética original e postura marcante.
Lamento realmente o fato de não haver uma cena mais focada em São Paulo.
Escrevi essa matéria baseando-me nesses meus anos de cena, onde observei (e continuo observando) todos os subgêneros de que tenho conhecimento, desde os mais olds até as novidades mais recentes e quentes. Essa matéria não é nenhuma verdade absoluta, afinal quanto mais aprendemos, mais temos a aprender, e tolo é aquele que se acha o dono da verdade. Entretanto, escrevi a matéria de forma clara, deixando explícito tudo que você irá encontrar na cena Cyber-Goth.
Então, coloque “Absolution” do Amduscia para tocar no último volume, e junte-se à nós nesse futuro caótico e negro que tem tudo para ser divertido!! ;)


Quer saber mais sobre o Cyber-Goth? Indicamos a página “Elite Cyber Goth” no Facebook.

Gostou da matéria? Mande-nos um e-mail ou faça um comentário! Este zine é feito para você, amigo leitor ;)

Carpe noctem!!

Um comentário:

  1. Demais a matéria. A cada dia que passa me encanto mais com o Cyber-Goth. É uma pena não conhecer nenhum “Cyber“. E até acho difícil encontrar algum em BH.

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