domingo, 8 de setembro de 2013

Góticos e suas relações com o Cemitério

Muitas das vezes, quando a palavra “gótico” é mencionada em diversos lugares, muitas pessoas já trazem à tona de suas mentes indivíduos estranhos, com fixação pela morte, suicídio, rituais satânicos e muito mais.
São situações que divergem e variam de acordo com o indivíduo, não com a Subcultura em si.



Morte e Preto
Não somos indivíduos com fixação pela morte. Apenas não compartilhamos da hipocrisia imposta pelo mainstream de que a morte é algo tão ruim, que até pensar nela faz com que você fique doente, ou coisas semelhantes. A morte é algo natural, algo que faz parte da vida, e a humanidade perde tempo demais valorizando coisas superficiais, quando a vida em si é curta demais para ser devidamente aproveitada da melhor maneira possível. Este é o motivo (ou pelo menos um dos motivos) de usarmos o preto: luto pela tolice da sociedade, que parece ser eterna.

Cemitério
O Cemitério é um lugar calmo e silencioso, com uma atmosfera que consegue ser leve e densa ao mesmo tempo. As esculturas transformam o lugar em um verdadeiro museu ao ar livre, e este é um lugar perfeito para se refletir sobre a vida... e a morte. Somos admiradores dos elementos que compõem o cemitério (desde suas belas esculturas até sua atmosfera), e, naturalmente, como admiradores de tal lugar, não praticamos nem toleramos atos de vândalos, tais como destruição de esculturas, pichação em túmulos e lápides e etc. E a admiração pelo cemitério é algo individual, que não deve se aplicar à todos os góticos. Por tanto, você irá encontrar ora góticos que gostam do lugar, ora góticos que não gostam do lugar. Simples assim.
Lembrando que não são apenas góticos que admiram a arte cemiterial.

Depressão e Suicídio
Depressão é uma doença de estado clínico que deve ser tratada. Pode até ser “moda” entre alguns adolescentes (emo, from uk, e sabe-se lá quais outros, rs), mas é uma doença séria, que quando não tratada corretamente, consequentemente leva à morte. Góticos não são pessoas deprimidas (vai dizer a palavra “depressão” numa festa onde o pessoal está se acabando de dançar na pista ao som da Siouxsie, do And One ou do Cruxshadows pra ver o que acontece, rs), e as pessoas teimam em confundir melancolia com depressão. Um gótico pode ser melancolicamente triste e/ou melancolicamente alegre. E melancolia é a palavra certa para descrever o comportamento de um gótico.
O suicídio está tão presente na vida de um gótico como de qualquer outra pessoa. Não cultuamos suicídio (embora eu realmente tenha vontade de cortar meus pulsos quando meus vizinhos começam à ouvir suas musicas infelizes em plenas 8h da manhã) e abominamos tal prática como qualquer pessoa o faz.

Rituais e Cultos Satânicos
A Subcultura Gótica é uma subcultura laica. Isto é, respeitamos e toleramos todo tipo de religião. A religião é algo individual, assim como crenças e credos. Todos na Subcultura Gótica são livres para acreditar e não acreditar no que quiserem. Com isso, você vai encontrar todo tipo de pessoa adepta as mais variadas religiões, como também irá encontrar pessoas que só acreditam nelas mesmas e em mais nada.
A palavra tolerância sempre esteve presente na nossa cena.
Tendo base nesses pequenos resumos, você estará livre para gostar e não gostar de góticos pelos motivos e razões corretas. ;-)

Mais detalhes sobre esse e outros assuntos, nos artigos do livro “Happy House in a Black Planet”. Você encontrará trechos desses artigos no site Gothic Station: www.gothicstation.com.br =-)

Até a próxima!

Anna Varney Cantodea: Perturbador & Clássico

ANNA VARNEY CANTODEA
Perturbador e Clássico


A cena Gótica está repleta de visuais interessantes de se analisar. De um modo geral, o visual estético é um espelho que reflete o que vem de dentro de nós mesmos, além de ser um dos quesitos avaliados quando se trabalha em algo, por assim dizer.

Com Anna Varney não seria diferente. Dono de um talento natural e extraordinário, o criador do Sopor Aeternus, que é um dos maiores nomes do Ethereal/Coldwave mundial, possui um visual perturbador e original.
Os cabelos de Anna são naturais e longos, e ele sempre retira os que nascem na parte da frente da cabeça, dando a ilusão de ótica de uma testa prolongada e terrível. Sendo assim, metade de sua cabeça é coberta pelos cabelos, e a outra não.

As unhas de Varney podem chegar à 15cm de comprimento, salientando e aumentando ainda mais o mistério e o misticismo de sua aparência. O rosto é sempre fantasmagoricamente pálido.

O vestuário é sempre o preto, e mesmo ele sendo portador da genitália masculina, as vestimentas são sempre femininas (isso não é muito estranho, visto que a Subcultura Gótica é uma subcultura que preza e valoriza muito a imagem da mulher, motivo de termos tantos andróginos na cena). Varney faz uma mistura muito bem trabalhada de Darkwave com Ethereal e até mesmo traços Vitorianos.

Durante algum tempo, Anna Varney tinha ainda um acessório que é constantemente associado à sua imagem: um piercing que ligava sua narina à orelha por uma corrente metálica, formando assim uma espécie de “piercing-brinco”.

As aparições de Anna Varney são raras. Ela não faz apresentações ao vivo, e entrevistas são raramente concedidas. Numa das mais famosas, um repórter questiona o motivo de ela simplesmente não retirar o pênis e transforma-se assim, na mulher que tanto deseja ser. Anna respondeu que isso era inviável por questões profundas e espirituais, e que sua estética era o reflexo de seu verdadeiro eu.
De uma coisa sabemos: Anna Varney é um raro talento na cena, tão raro que consegue ser único até mesmo na estética original. Mas não precisa ficar com medo: basta colocar “Hades Pluton” para tocar no último volume, e começar à dançar com a parede!
E lembre-se: você pode ser tão talentoso quanto Anna Varney. Basta usar a criatividade e criar você mesmo sua estética e um espaço para ela na cena! ;-)


Matéria originalmente publicada no antigo (e extinto) zine Victorian Express Magazine: www.victorianexpressmagazineon.blogspot.com .


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

NOTA: FESTIVAL GOTHIC STATION

No dia 27 de julho, realizou-se no já tradicional Fofinho Rock Bar o Festival Gothic Station, uma grande festa comemorando o aniversário de cinco anos do badalado site.

Junto com uma amiga, cheguei relativamente cedo. Demos alguns golinhos de vinhos, antes de sermos recebidos, na porta da boate, pelo próprio organizador do evento, o gatão do Kipper, que eu carinhosamente chamo de Tio Kipper. Após alguns minutos de conversa, colocando as novidades em dia com os vários conhecidos do Projeto Absinthe, eu entro para conferir o que está rolando lá dentro.

Ao subir as escadas e me introduzir na longa, escura e única pista de dança, me deparo com o palco iluminado e já dominado pelos membros da Das Projekt. No melhor estilo Gothic Rock, a banda comandada por Marcelo Kpta (que trajava um fúnebre e peculiar chapéu de cowboy), cantou seus maiores sucessos, abrindo a noite de forma calorosa. Em seguida, é a vez do Lagrima Negra, que apresentou uma segunda vocalista, fazendo a galera ir ao delírio com suas batidas, ora ácidas, ora melancólicas.
Na pista, os sets dos DJs Flavia, Kipper e Alex Twin, transformou as alegrias e frustrações de todos em puro êxtase e vontade de dançar cada vez mais e mais.

Para fechar a noite, o show espetacular do Der Kalte Stern, que espantou o frio e fez todo mundo pular e agitar loucamente.
Ao descer as escadas para um merecido descanso, após dançar freneticamente, eu provo um delicioso e farto copo do famoso Sex God, e me deparo com um belo telão, no melhor estilo cinema, onde a diva Siouxsie se fez presente a noite inteira.

Foi uma noite no mínimo, interessante. Toda a simpatia dos organizadores Kipper e Flavia, a interação das bandas com o público, a discotecagem foda do sr. Twin e o conforto e a comodidade que só o Fofinho Rock Bar proporciona, fez com que eu me divertisse muito e quase desejasse que a noite se estendesse infinitamente.

Que venha mais cinco anos de Gothic Station! Mas, a sensação de fazer parte do primeiro festival é realmente única, e permanecerá na mente e no coração de todos os corações trevosos que compareceram.
Encerro esta pequena nota com um pensamento: ser gótico é foda pra caralho! Carpe Noctem ;-)


Maiores informações sobre os eventos, tais como datas futuras, local, infra-estrutura, especiais, cadastros e promoções, no site: www.gothicstation.com.br =)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Top 10: Vocais Femininos

TOP 10 VOCAIS FEMININOS
As dez melhores vozes da cena Goth
Por: JEAN CRANES & JOHN VON BUTLER

Confira agora, uma das tarefas mais árduas e perigosas que nós, do Mechanical Bat, tivemos que elaborar: eleger as dez vozes mais necessárias e marcantes da cena Gótica. Desde os anos 1980 até os dias atuais.

10- Anne Marie
A musa do Skeletal Family e do saudoso Ghost Dance possui uma voz tão doce e poderosa que fica até difícil encontrar adjetivos que não soem injustos e menores ao seu talento. O grito que ouvimos na faixa “River on no Return”, soube-se tempos depois, que foi dado pela própria vocalista durante as gravações do álbum “Gathering Dust”, de 1987.
O talento de Anne fez com que sua voz liderasse dois dos mais famosos nomes do Post-Punk da década de 1980. Impossível não se deliciar!

9- Diamanda Galas
Uma das vozes mais perturbadoras da música, por mais de três décadas vem encantando as mais diversas gerações. Podemos ouvir suas canções rústicas cobertas de poesia decadente e bela nos mais profundos e sujos porões suburbanos e undergrounds, como também nos mais refinados e elegantes salões de festas e comemorações da alta sociedade.
Um ícone e um dos maiores exemplos da verdadeira finalidade da palavra “diva”.


8- Anna Varney Cantodea


Que Anna Varney é originalmente estranha, todos nós já estamos cansados de saber. Desde estética original até as letras de suas músicas. Nos vocais não poderia ser diferente.
As músicas desesperadas de Varney são carregadas de vocais diversos e maravilhosos. Timbres que vão desde leves sussurros até revoltas depressivas, às vezes parecendo até mesmo meras lamúrias e choros desesperados. Outro detalhe curioso na voz de Anna Varney é que ora pende mais para uma fragilidade melancólica e depressiva mais comum entre vozes femininas, ora mais revoltosa e dramaticamente teatral, sussurrada e gravemente sobrenatural, mais comum entre vozes masculinas. Isto só comprova o tamanho da ambiguidade e do talento raro de uma das vozes mais imperdíveis da Goth Music.


7- Hariet Wheeler
A vocalista do The Sundays pode parecer ser apenas uma garotinha encantadora e frágil, mas quando solta a voz é como se houvesse um coral de pássaros verdejantes em nossos ouvidos, misturando seus belos e etéreos vocais com as cordas
da guitarra de seu marido. A banda lançou apenas três álbuns de sucesso, e prometeu descansar por um bom tempo, mas em nossos ouvidos ela não descansará nunca!


6- Elisabeth Fraser
Elisabeth Fraser, eterna vocalista do lendário grupo Cocteau Twins, já até foi ate apelidada de ''a voz de Deus''. Lis, passou por diversas 'fases' se tratando de sua voz, tanto pela agressividade na época do álbum “Garlands”, a leveza do “Treasure”, quanto a doçura do “Milk and Kisses”. Muito difícil não fazer uma bela viagem musical com os sutis e delicados vocais da Lis.


5-
Lisa Gerrard
Lisa Gerard, líder absoluta do Dead Can Dance e em deixar qualquer ouvinte de boca e ouvidos bem abertos, possui uma voz que oscila entre aguda, potente, grossa entre outros adjetivos não citados que tornariam a matéria infinita, rs. Segundo um querido amigo do nosso colunista, Jean Cranes, que foi ao show, a Lisa costuma sorrir enquanto canta as partes mais sombrias de suas musicas, como se fosse uma vampira! Eis a questão: quem não gostaria de levar uma bela mordida?!


4-
Tina Root

A eterna queridinha do Darkwave fez historia e deixou seu marco na cena. A voz de tina é poderosa, com acordes e notas que vão desde vocais infantis e melosos até tons perversos, maldosos e impiedosos. Característica única que tornou sua banda, Switchblade Symphony, a mais importante banda da cena Gótica dos anos 1990.



3- Alison Jane Shaw
Como não mencionar a dona de uma das vozes mais surpreendentes do cenário musical?  Alison Shaw, líder e vocalista da banda Cranes, desde seus primórdios, em 1986 com o lançamento da fita cassete “Fuse”, vem mostrando que de infantil ela tem apenas a voz; seu potente, frágil e inocente vocal, faz qualquer um sentir arrepios em noites nubladas e criar um imaginário fantasmagórico, algo como o fantasma de uma garotinha presa em um porão.



2- Julianne Regan
Dona da voz mais cristalina dos anos 1980, sempre imersa nas guitarras de seu amado Tim Bricheno, Julie Ann Regan, interpreta suas tristezas, dores de cotovelo e medos na banda All About Eve, com uma leve pitada de misticismo; essa bruxa gótica faz qualquer um se arrepiar com sua voz melosa e hipnotizante!!


1- Siouxsie Sioux


O posto não poderia ter outra dona. Susan, ou como é conhecida Siouxsie Sioux, é dona de um talento extremamente raro e único. Desde o início da carreira, quando ainda formava o Siouxsie & the Banshees, a diva mostrou que veio para ficar, e criou para si própria um marco e uma linha única na história da música inglesa das décadas de 1970 e 1980. Poucas foram as bandas que fizeram com perfeição a passagem do Punk para o Post-Punk, como ocorreu com a banda da Siouxsie, e isso só acontecia em bandas cujos vocalistas eram impecáveis, criativos e donos de vozes poderosas. Álbuns como “Tinderbox”, “ Juju” e “Kaleidoscope” mostram e comprovam que essa diva deixou um legado enorme e como influenciou (e continua influenciando) toda uma geração, tanto no cenário Punk quanto no cenário Gótico.

A lista é pequena, e de certa forma bastante injusta. A cena é vasta e repleta de nomes e vozes excelentes. Eva O, Gitane Demone, Dinah Cancer, Ophelia Dax, Ayria, Chibi e muitas outras que fariam com que esta matéria fosse interminável.
Não são apenas as vocais deste texto que fizeram (e fazem) a música ser indispensável na Subcultura Gótica. No geral, suas presenças e posturas marcantes em cds, clipes e shows, faz com que sejam as vocalistas de maior popularidade entre os membros da cena.
Já sabemos que talento não se mede com popularidade, portanto se a sua vocalista favorita não está na lista, não significa que ela não tenha talento. Esta é apenas uma forma de entretenimento e de mostrar como a Subcultura Gótica está repleta de vozes variadas e belíssimas; vozes que deixam a cena mais poética, feminina e bela!
Mulheres como estas apresentadas aqui, mostram como o papel da mulher é fundamental na Subcultura, e o quão valorizadas elas são; mostra ainda que Góticas não são mulheres objetos, mas sim tão dignas e talentosas (às vezes até mais) quanto os homens
.
;-)




Especial ABNEY PARK

ESPECIAL ABNEY PARK
Por: Jean Cranes
Imagine-se você vivendo em uma época baseada num universo de ficção científica, criado por autores consagrados como Júlio Verne no fim do século XIX, ou num universo semelhante a uma época anterior da história humana, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real. Bom, se você logo associou essa pequena introdução ao universo Steampunk, você acertou! Agora imagine todo esse universo deslumbrante em cima de um palco, interpretando canções que retratam toda essa época, trazendo um tom saudosista e até mesmo épico. Bom, se você pensou na banda de Seattle, EUA cujo nome refere-se a um cemitério chamado Abney Park Cemetery (localizado em Londres), mais uma vez você acertou! Sim, vamos falar um pouco sobre essa banda um tanto quanto pitoresca e de forte apelo nostálgico; apertem os cintos, segurem-se em seus lugares, pois o airship 'Abney Park' está prestes a partir!



INÍCIO
A banda começou suas atividades no ano de 1997, seguido pelo lançamento do álbum homônimo “Abney Park” datado em 1998. Não pertencem a nenhuma gravadora, o que os torna livres para escolher o que deve ou não ser escrito ou lançado em seus álbuns e em suas performances ao vivo; isso faz com que sentimos que todo e qualquer lançamento da banda possui um sentimento verdadeiro que veio diretamente dos integrantes da mesma, que são eles:
Josh Goering, o fundador, Nathaniel Johnstone, Robert Brown, Kristina, Jody e Daniel.
A banda possui uma sonoridade voltada ao Wolrd Music Industrial Dance e seus temas musicais estão sempre ligados ao universo Steampunk.
Muitas vezes a banda é apontada como a percussora do estilo Steampunk na musica, segundo o programa de tv G4TV; Ganharam ainda destaque na famosa emissora musical MTV, onde ganhou bastante popularidade e uma bela quantidade de seguidores, onde também ficaram conhecidos como uma banda Steampunk por excelência, por terem sido os primeiros a ganhar destaque nos meios de comunicação passando, inclusive a dar diversas entrevistas.
O sucesso da banda foi tão notório, que logo eles receberam convites e aceitaram cantar na trilha sonora de diversos filmes, seriados e etc, sendo alguns deles o famosinho “Lord of the Vampires” da escritora Gene Showalter no ano de 2011. Também a banda teve sua musica “Sleep Isabella” incluída na trilha sonora da serie vampírica de grande sucesso True Blood, no quarto episódio da quinta temporada.


ALGUMAS MUDANÇAS
Foi no ano de 2005 que houve uma perceptível mudança no visual da banda, deixando meio que de lado o Industrial dance e mergulhando de vez no universo Steampunk, dessa vez ‘submergindo’ completamente.
Criaram uma historia de ficção, onde o avião da banda ao entrar em uma tempestade aterrorizante colide com um dirigível que viaja no tempo chamado Ophelia, que dizem ter sido criado por um doutor chamado Leguminosas Calgori, uma leve referencia ao filme de grande sucesso O Gabinete do Dr Caligari. A banda comanda o dirigível e todos os seus integrantes tornam-se piratas dessa fabulosa criação flutuante onde formam uma banda de sobreviventes dessa catástrofe criativa musical que nos deixam babando de vontade e daquele gostinho de ‘quero mais’.
Grande parte de suas musicas são baseadas em historias fictícias, como em 2011, quando Robert escreveu um romance chamado The Wrath of Fate , onde o passado do Abney Park foi explorado com mais detalhes.
Ou seja, é como se fosse uma trama, uma grande história, em letras de musicas. Quer algo melhor do que isso? Tem como não se apaixonar?
A partir de 2008 a banda começou a sofrer perdas de seus integrantes; alguns passaram a abandonar o ''dirigível'' e seguir seus rumos com projetos paralelos, começando por Madalena Veen, seguido por Nathanael Johnstone, ambos sendo substituídos por outros músicos instrumentistas com uma pitada de atuação.
No ano de 2008, a banda lança seu primeiro álbum com a temática Steampunk dominando todo o material. Trata-se do badalado “Lost Horizons” , que foi seguido pelo álbum “Aether Shanties” de 2009. Em 2010,  Nathaniel sugeriu que a banda estava trabalhando em novas canções para um álbum novo, inclusive um vídeo ao vivo deles caiu na rede. Chamada “The End of Days”, sendo a faixa titulo do álbum, que veio a ser lançado em 15 de outubro de 2010. Após o lançamento deste álbum, Nathanael deixa  a banda sem mais esclarecimentos, sendo substituído definitivamente por Titus Munteanu.


PALAVRA DOS EDITORES
A todos os ouvintes e pessoas interessadas tanto no som da banda quanto nas temáticas presentes em suas performances e nos visuais deslumbrantes, nos resta dizer que a banda é excepcional em todos os sentidos, um verdadeiro espetáculo para os ouvidos, os olhos e para o coração; então segure essa maquina a vapor que você tem no lugar de um coração e vamos apreciar momentos magníficos com eles, a banda mais pitoresca de todos os tempos: ABNEY PARK!

INDICAÇÕES DO JOHN: O álbum “Lost Horizons” inteiro é imperdível. Contudo, minhas faixas favoritas são Airship Pirate, Sleep Isabella, She e Herr Drosselmeyer's Doll.
Outro álbum de que gosto muito é o “The Death of Tragedy”, de 2005, onde as primeiras mudanças radicais na banda começaram acontecer. Minhas faixas favoritas: Dear Ophelia, Witch Cult, Sacrilege e Love. O Abney Park, inclusive, me inspirou muito a construir personagens de outros projetos pessoais e paralelos à cena.
Mas o legal mesmo é você ouvir a discografia inteira da banda, que em minha opinião, é uma das mais ricas e mais originais na cena atual.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sobre o Projeto


O Mechanical Bat é um zine online destinado à Subcultura Gótica e suas constantes modificações e novidades ao longo de seus mais de trinta anos de História.
Nele, você irá encontrar matérias e curiosidades sobre o gótico de forma gratuita e levemente informal. Não praticamos nenhum tipo de “undergroundismo” e somos totalmente contra esse tipo de prática.
A equipe de produção do zine é totalmente contra a forma barata de explorar subculturas e os elementos presentes nas mesmas. Também somos contra qualquer tipo de preconceito, seja ele étnico, religioso, por opção/condição sexual ou cultural de alguma forma
. No Gótico, intolerância é uma palavra que não possui valor algum.
Zines impressos podem passar à existir futuramente contendo nossas matérias, e o preço único cobrado será para pagar gastos com impressão e etc. Contudo, o zine online continuará existindo contendo todas as matérias que o zine impresso possuir. Defendemos a existência pacífica entre pessoas de todas as classes sociais, de A à Z.

Por quê “Mechanical Bat”?
Quem frequenta a cena Gótica sabe que o título do projeto é bastante propício.
“Mechanical Bat” em português  significa “Morcego Mecânico”. Mechanical é uma palavra derivada de “machine”, que em português significa máquina. Desde as Revoluções Industriais, a palavra máquina tem sua interpretação quase sempre ligada à futuro. Morcego, por sua vez, sempre foi um símbolo muito usado pelo post-punk e pelo deathrock, sendo estes, dois de alguns dos gêneros que formaram o Gótico. O morcego, sendo bem interpretado, nada mais é do que uma viagem aos primórdios do Gótico.
Logo, Mechanical Bat nada mais é do que um olhar no presente e futuro da Subcultura Gótica, sem nunca esquecer e deixar de lado o seu passado e suas tradições!

Você pode mandar um e-mail para nós dando suas sugestões e até mesmo escrevendo artigos para nosso zine. Depois de avaliada, sua matéria será postada dando os devidos créditos à seu devido autor. Basta enviar um e-mail para: john.goth1408@gmail.com, ou ainda através da rede social Facebook, por mensagem via inbox ;)

Nosso zine encontra-se disponível no seguinte endereço:   www.mechanicalbatzine.blogspot.com 

Projetos com finalidades voltadas à Subcultura Gótica e Darkwave de forma responsável e eficaz, visando o fortalecimento da cena, são bem-vindos para a nossa equipe, tornando-se assim parceiros mútuos de divulgação. Para ter seu projeto associado ao nosso, repetimos a sugestão de e-mail e mensagem via inbox. Lembre-se: cooperação e “camaradagem” foram características que mantiveram e mantem o Gótico vivo por mais de três décadas ;-)

Você pode manter contato conosco tornando-se um membro do blog, através de e-mail e curtindo a nossa página no Facebook.
Agradecemos à todos pela atenção e Carpe noctem!!
John von Butler e Jean Cranes


Eventos: Maio

À seguir, eventos apoiados pelo nosso zine.

11/05
Projeto Absinthe: https://www.facebook.com/events/559202944103138/

16/05
Wave Gotik Treffen: https://www.facebook.com/events/358353110905485/

18/05
Alquimia Gothic Nights (celebrando o Goth Day): https://www.facebook.com/events/181875158632508/

30/05
Woodgothic Festival: https://www.facebook.com/events/438212446217959/


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Especial CYBER-GOTH


Uma das “atrações” mais divertidas que você irá encontrar na Subcultura Gótica é a extensa variedade de combinações de centenas de visuais e tendências.
O Cyber-Goth é uma das mais populares. Surgiu em meados da década de 1990 e se expandiu mundo à fora, ganhando centenas de adeptos.

SURGIMENTO:

Não se sabe realmente o ano exato em que a tendência Cyber-Goth surgiu. Cronologicamente e musicalmente falando, a primeira banda com temas/som que agradaria Cyber-Goths surgiu na década de 1980: O Front 242, que é considerada a banda modelo quando o assunto é EBM. Entretanto, consideramos que o real aparecimento da tendência Cyber (e aqui incluímos a estética futurista, etc.) se deu a partir do final dos anos 90, com o surgimento de bandas com a temática voltada totalmente para o Cyber-Goth, como é o caso do Amduscia, por exemplo.

COMPORTAMENTO:

Enquanto Góticos Vitorianos gloriam-se e adoram o passado, o Cyber-Goth sonha com um futuro caótico e decadente, onde humanos são controlados por máquinas, com radiação solta no ar, gases venenosos e contagiosos à espreita em qualquer esquina, tudo isso numa atmosfera futurista e obscura.
Tais “sonhos e ideias” ganharam ainda mais força com letras de musicas de algumas bandas, dando destaque para Centhron (cujos álbuns dão a impressão de estarmos dentro de um rpg futurista, caótico e negro!).

ESTÉTICA:

A estética Cyber-Goth é uma das mais ricas e chamativas da cena. Seguindo e baseando-se em seus sonhos e devaneios de um futuro apocalíptico, esse subgênero da cena costuma abusar da estética futurista.
Restos de materiais são frequentemente usados. A presença de neon e látex também é constante, assim como a combinação de cores escuras com cores fosforescentes (ex: preto com verde ácido ou amarelo radioativo). É constante também o uso de goggles, máscaras de gás e elementos com símbolos radioativos.

MÚSICA:

A música, geralmente, diverge e varia de acordo com o indivíduo. Não existe um gênero musical chamado “Cyber-Goth”. Contudo, os adeptos do Cyber geralmente gostam de sons eletrônicos, com batidas ácidas e suaves ao mesmo tempo, algo sugerindo caos e decadência agressiva e poética. Geralmente, as bandas que costumam fazer esse tipo de som circulam entre o Industrial, EBM, Eletro-Goth e Future Pop.
Os vocais podem ser desde graves e fantasmagóricos até guturais gritados, “demoníacos” e desesperadores.
Algumas bandas indicadas: Front 242, Nitzer EBB, VNV Nation, God Module, Amduscia, Agonoize, In Strict Confidence, Centhron, Angelspit, Ayria, Hocico, Suicide Commando , Einsenfunk, Velvet Acid Christ, Ashbury Heights (principalmente o primeiro álbum de 2005, onde os vocalistas apareciam vestidos de látex em cores fosforescentes), Combichrist, Extize, Miss Construction, Nachtmahr etc.

ENTRETENIMENTO:

A tendência Cyber-Goth não consiste apenas na música e nos quesitos estéticos e comportamentais. Existem ainda alguns livros e filmes que possuem a atmosfera caótica e futurista tão presente nesse gênero.
Aqui vão algumas indicações: Matrix (trilogia), Aeon Flux, Ultravioleta, Anjos da Noite: O Despertar, O Extermínio 1 e 2, Resident Evil (série), Eu,Robô (filme e livro), Terror em Silent Hill (tanto filme quanto jogo é recheado de visuais maravilhosos), Doom: A Porta do Inferno e etc.

EVENTOS:

Atualmente, no Brasil, não existe uma única festa voltada para temas excepcionalmente e/ou somente Cyber-Goth. Sabe-se que no estado do Rio de Janeiro concentra-se uma cena mais organizada, e que eventos de pequeno porte são constantes ao longo do ano.
Porém, há sempre uma grande variedade de Cyber-Goth’s no Wave Gotik Treffen (maior festival voltado a Subcultura Gótica do mundo) e no M’Era Luna Festival.
Aqui em São Paulo, é comum encontrar alguns Cybers em eventos de Industrial e EBM, como o Bats and Robots, o Fabrikka e o Projeto Absinthe.

PALAVRA DO EDITOR:
O Cyber-Goth é uma das tendências que eu, em meu particular, mais gosto na cena Goth. Rico em detalhes, estética original e postura marcante.
Lamento realmente o fato de não haver uma cena mais focada em São Paulo.
Escrevi essa matéria baseando-me nesses meus anos de cena, onde observei (e continuo observando) todos os subgêneros de que tenho conhecimento, desde os mais olds até as novidades mais recentes e quentes. Essa matéria não é nenhuma verdade absoluta, afinal quanto mais aprendemos, mais temos a aprender, e tolo é aquele que se acha o dono da verdade. Entretanto, escrevi a matéria de forma clara, deixando explícito tudo que você irá encontrar na cena Cyber-Goth.
Então, coloque “Absolution” do Amduscia para tocar no último volume, e junte-se à nós nesse futuro caótico e negro que tem tudo para ser divertido!! ;)


Quer saber mais sobre o Cyber-Goth? Indicamos a página “Elite Cyber Goth” no Facebook.

Gostou da matéria? Mande-nos um e-mail ou faça um comentário! Este zine é feito para você, amigo leitor ;)

Carpe noctem!!

ABC de Bandas Perky-Goth


O Perky-Goth, como todos sabem, não possui um gênero musical favorito dentro do gótico. Entretanto, existem bandas que fazem parte totalmente e/ou parcialmente da temática Perky, seja pelo visual estético da banda (que sim, é levado em consideração) ou pelas letras das músicas. À seguir, um ABC de bandas que, baseado em pesquisas particulares, comprovaram que a cada 5 perkies, 4 concordam que as bandas possuem um “q” perky-goth em pelo menos um álbum.
A apresentação consistirá da seguinte forma: 1- ordem alfabética; 2- nome da banda; 3- ano de formação e país de origem; 4- visual perky em questão (mais detalhes sobre o assunto no blog da comunidade Perky Goth no Brasil:
www.perkygothbrasil.blogspot.com   ); 5- músicas indicadas; 6- alguma observação importante sobre a banda.
Confiram!




A.
ABNEY PARK

Desde 2001, EUA.
O visual em questão é Steampunk, saindo quase que totalmente da estética Perky-Goth.
Darkwave/Synth-Rock
Ouça: Sleep Isabella, Dear Ophelia, She, Airship Pirate
OBS: A atmosfera que o Abney Park traz em suas letras são caóticas e perfeitas! Perky ou não, é uma banda muito original na cena gótica.

ALIEN SEX FIEND
Desde 1982, Reino Unido.
Alien possui um visual puxado para “Perky Zombie” e/ou “Perky Dark”.
Deathrock/ Post-Punk
Ouça: Ignore the Machine, Dead and Buried, Here She Comes

ANGELSPIT
Desde 2004, Austrália.
Perky-Cyber, Perky Fantasy
Eletro-Punk/ Industrial

ASHBURY HEIGHTS
Desde 2005, Suécia.
Perky Dark
Synth-Pop/ Eletro-Goth/ Darkwave
Ouça: Underable Beauty, Derrick is a Strange Machine, Spiders, Smaller

AURAL VAMPIRE
Desde 2004, Japão.
Perky Fantasy, Perky Party
Darkwave/ Eletro-Goth/ J-Goth

AYRIA
Desde 2002, Canadá.
Perky-Cyber, Perky Doll
Eletro-Goth/ Future-Pop/ Mesclados de EBM
Ouça: Invisible e Analog Trash

B.
BIRTHDAY MASSACRE, THE

Desde 2000, Canadá.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Dark
Industrial/ Synth-Rock/ Darkwave
Ouça: Violet, Blue, Video Kid, To Die For, Movie, Red Stars, Shallow Grave, Leaving Tonight, Calling
OBS: A banda que mais traz elementos infantis na bagagem.
A letra da musica “Violet” (“A trágica comédia divina […]”) é essencial para entender o que é o Perky-Goth. Banda essencial em toda vitrola perky.

BLOOD, DEAD AND SEXY
Desde 1997, Alemanha.
Perky Zombie/ Perky Dark
Deathrock/ New-Wave

C.
CANDY SPOOKY THEATER, THE
Desde 2000, Japão.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Dark, Perky Party
Eletro-Goth/ J-Goth/Rock
OBS: A melhor representante perky-goth em terras orientais, batendo até mesmo  “gente grande” como Malice Mizer.

CINDERGARDEN
Desde 2000, EUA.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Dark
Trip Hop/ Darkwave/ Industrial
Ouça: Dirty Ritual, Candles on Cakes

CINEMA STRANGE
Desde 1994, EUA.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Zombie
Deathrock/ Gothic Rock/ Experimental

CRUXSHADOWS, THE
Desde 1990, EUA.
Perky Dark
Synth/ Dark Eletro/ Eletro-Goth/ Darkwave
Ouça: Birthday, Deception, Edge of the World, Quicksilver , Satellite
OBS: Banda essencial em qualquer vitrola, perky ou não.

CURE, THE
Desde 1979, Reino Unido.
Perky Dark, Perky Doll
Post-Punk/ Darkwave/ Pop Rock 80’s
Ouça: Just Like Heaven,  Pictures of You, Lovesong, Friday I’m Love


D.
DANDELION WINE
Desde 1996, Austrália.
Perky Doll, Perky Dark.
“Ethereal Medieval pos-dreampop”

DINAH CANCER
De 1979 à 1990 como integrante do 45 Grave. Responsável por outros projetos, retornando em 2004 com o 45 Grave.
Perky Zombie, Perky Doll, Perky Dark, Perky Fantasy
Deathrock/ Post-Punk/ Horror Punk/ Gothic Rock
Ouça: Evil, Take Five, Bad Love, Fucked by the Devil
OBS: Dinah é um dos principais ícones perky-goth.
A tendência que sua música inspirou e o colorido misturado ao dark dando uma alegria funesta, decrépita e perversa a cena é uma típica atitude que está muito presente na cena perky.

DIVA DESTRUCTION
Desde 1999, EUA.
Perky Doll, Perky Dark
Darkwave/ Gothic Rock
Ouça: Forgotten, Black Heart, Electric Air
OBS: Ainda que suas músicas soem repetitivas em alguns álbuns, o Diva Destruction foi eleita duas vezes a melhor banda Gótica dos EUA.

DRESDEN DOLLS, THE
Desde 2001, EUA.
Perky Doll, Perky Dark, Perky Party, Perky Fantasy,
Punk Wave/ Darkwave/ Experimental
Ouça: The Kill, Girl Anarchronism, Half Jack, Slide, Gravity
OBS: Esta talvez seja a banda modelo perky-goth, perdendo apenas para as extintas veternas do Switchblade Symphony.
Suas maquiagens teatrais e atitude que misturam rebelião com alegria, melancolia, tristeza e nostalgia refletem tudo que o Perky-Goth é.


E.
ECHO & THE BUNNYMEN
Inicialmente de 1972 à 1992. Retorna em 1996 e permanece em atividade até então. Reino Unido.
Perky Dark
Post-Punk/ Darkwave

EMILIE AUTUMN
Desde 2001, EUA.
Perky Doll, Victorian-Cabaret Perky
Industrial Gothic
Ouça: Marry Me, Girls Girls Girls, Opheliac


F.
FAITH AND THE MUSE
Projeto paralelo de outros artistas da cena (incluindo a gatinha da Monica Richards), foi formado em 1993, EUA.
Perky Ween, Perky Fantasy
Darkwave/ Folk/ Gothic Rock


G.
GHOST DANCE
Formado em 1985 e interrompido em 1989, Reino Unido. Projeto curto, porém perfeito de Anne Marie, do Skeletal Family.
Perky Dark
Post-Punk/ Darkwave
Ouça: River on no Return, Celebrate, Cruel Light, Last Train, A Deeper Blue

GOD MODULE
Desde 1999, EUA.
Perky Dark, Perky Fantasy, “Vodu”-Perky
EBM/ Industrial/ Darkwave
Ouça: Victims Among Friends, Spooky


H.


I.
IMAGINARY STIGMA
Desde 2002, Rússia.
Perky Dark/ Perky Indie
Gothic Rock/ Post-Punk/ Indie Rock

IN STRICT CONFIDENCE
Desde 1992, Alemanha.
Perky Dark, Perky Doll
Synth/ Industrial/ Eletro-Goth
Ouça: Falling Down

I: SCINTILLA
Desde 2003, EUA.
Perky Dark
Eletro-Goth/ Industrial/ Gothic Rock

IAMX
Desde 2004, Reino Unido.
Perky Doll, Perky Dark, Perky Party
Indie/ “80’s Eletro”
OBS: Projeto solo de Chris Corner (Sneaker Pimps), é uma das maiores provas de como o Perky-Goth está presente na nossa década e que não terminou com o Switchblade Symphony.


J.
JACK OF JILL
Desde 1992, EUA.
Perky Dark, Perky Party, Perky Doll
Industrial Rock

JAD WIO
Inicialmente de 1982 à 1996.
Retorna em 2004 e se mantem em atividade até então. Projeto da França.
Perky Zombie, Perky Dark
Glam/ Gothic Rock


K.
KNUTZ, THE
Desde 2004, Brasil.
Perky Zombie, Perky Dark
Gothic Rock/ Psychobilly/ Deathrock
Ouça: Where Are You Now, Ghost Dance Party, The Hanging Man, Bem Depois


L.
LAST DAYS OF JESUS, THE
Desde 1992, Bratislava.
Perky Zombie, Perky Doll, Perky Party
Deathrock/ Gothic Rock

LE SICK DREAM
Desde 2010, Brasil.
Perky Doll, Perky Ween, Perky Party, Perky Dark, Perky Zombie
Trip-Hop/ Gothic Rock/ Experimental

LEANDRA
Desde 2005, Alemanha.
Perky Doll, Perky Fantasy
Trip-Hop/ “Classical Gothic”
OBS: Leandra, mais conhecida como Ophelia Dax (do Last Days of Jesus) é uma talentosa cantora, que com seus 6 gatos vive numa casa próxima à uma floresta. Seu talento é imprescindível, cantando muitas  vezes num idioma fantasioso que ela própria inventou. Seu trabalho “Metamorphine” é recomendadíssimo para todos os perkies (e não perkies, rs) que adoram sonhar e explorar o mundo dos sonhos.

LONDON AFTER MIDNIGHT
Desde 1990, EUA.
Perky Dark
Gothic Rock/ Darkwave
Ouça: Fly and The Spider, The Christmas Song, Black Cat, This is Paradise, Inamourada, Let Me Break You, Sally’s Song (cover da canção do filme O Estranho Mundo de Jack, de 1993)


M.
MARILYN MANSON & THE SPOOKY KIDS

De 1989 à 1994.
Posteriormente apenas “Marilyn Manson”, encerrando a fase com temas perky-goth.
Perky Dark, “Vodu” Perky
Industrial Rock

MALICE MIZER
Desde 1992, Japão. Interrompida em 2001, devido à uma série de acontecimentos. Mana, o responsável pela banda, possui um projeto paralelo, o Moi Dix Mois.
Perky Dark, Perky Doll, Perky Fantasy, “Carnival” Perky
Gothic Rock/ Eletro-Goth/ J-Goth
Ouça: Beast of Blood, Transylvania, Illuminati
OBS: Banda indispensável na construção da cena Perky-Goth. Inspiração mútua: perky inspirando a banda, e a banda inspirando a cena.

N.

O.

P.
PINK TURNS BLUE
Desde 1985, Alemanha.
Perky Doll, Perky Dark
Darkwave/ Gothic Rock/ Post-Punk


R.
RASPUTINA
Desde 1991, EUA.
“Cabaret-Steam Perky”
Dark Cabaret/ Ethno
Ouça: Oh Injury


S.
SCARY BITCHES
Desde 1999, Reino Unido.
Perky Zombie, Perky Dark
Deathrock/ Gothic Rock
Ouça: Werewolf, Strange Child, The Hole, Lesbian Vampires From Outerspace

SCREAMING BANSHEE AIRCREW
Desde 2001, Reino Unido.
Perky Dark/ Perky Doll
Gothic Rock/ Post-Punk/ Indie

SCHNEEWITTCHEN
Desde 1998, Alemanha.
Perky Fantasy, Perky Party
Classical/ Dark Cabaret/ Darkwave
OBS: O nome da banda significa “Branca de Neve” em alemão.

SIOUXSIE & THE BANSHEES
Com os Banshees, de 1976 à 1996. Retorna em 2007 em carreira solo, ficando conhecida apenas como Siouxsie Sioux.
Perky Dark, Perky Doll
Post-Punk/ Darkwave/ Gothic Rock
Ouça: Happy House, Premature Burial (cuja letra foi inspirada num conto de Edgar Allan Poe), Candyman, Cities in Dust, The Passenger (cover do Iggy Pop), Dear Prudence, Peek a Boo, Christine, Face to Face, Placebo Effect
OBS: Siouxsie é essencial na formação de todos os subgêneros do gótico. Do Post-Punk ao Perky, sem exceções.

SKELETAL FAMILY
Desde 1982, Reino Unido. A banda tem contínua mudança de membros, mas permanece em atividade.
Perky Dark
Post-Punk/ Gothic Rock/ Darkwave
Ouça: Ritual, And I, Waiting Here, Just a Friend, The Night

SOLAR FAKE
Desde 2007, Alemanha.
Perky Dark
Eletro-Goth/ Darkwave

SOPOR AETERNUS & THE ESEMBLE OF SHADOWS
Em atividade desde 1989, Alemanha.
Perky Dark, Perky “Freak”, Perky Party
Ethereal/ Coldwave/ Darkwave
Ouça: Hades Pluton, In Der Palästra, Strange Thing, A Little Bar of Soap, Architecture I e II, Bitter Sweet
OBS: Anna Varney e suas canções desesperadas e trágicas costuma satirizar e menosprezar coisas mundanas, como sexo por exemplo. Mais um comportamento sombrio que costuma agradar bastante quem frequenta a cena Perky.

STRANGE DOLLS CULT
Desde 2003, Austria.
Perky Zombie, Perky Dark
Deathrock/ Gothic Rock
Ouça: Puppets Dance, Urban Comedy

SWITCHBLADE SYMPHONY
Desde 1989, sendo interrompida em 1999. Susan Wallace segue a carreira de DJ, enquanto Tina Root tem outro projeto, o Tré Lux, cuja temática e som é mais voltado para o pop alternativo.
O Switchblade Symphony se encaixa em todos os tipos de perky-goth existentes. É a única banda que possui tal marco.
Darkwave/ Eletro-Goth/ Trip-Hop
Ouça: Toda a discografia: Serpentine Gallery (1995), Scrapbook (1997),  Brad and Jam for Frances (1997), The Three Calamities (1999), Sweet Little Witches (2003). Destaque para as faixas Clown, Dollhouse, Rain, Sweet, Blue, Numb, Wrecking Yard e Waiting Room.
OBS: Criadoras da tendência não apenas estética, mas também comportamental, essa banda é até então a melhor representante do perky-goth na área musical. Suas apresentações incluíam cenários infantis (com gatinhos e bonecos), elas apareciam vestidas de branco e maria-chiquinhas, e suas canções possuíam nostalgia, alegria, maldade e perversão. Sem o Switchblade Symphony, não existiria o Perky-Goth. O que o Bauhaus significa para um gótico tradicional, as Switchblades significa para os perkies. Banda inovadora e original, que trouxe novos elementos para a cena dos anos 90.

T.
TERMINAL CHOICE
Desde 1993, Alemanha. Projeto de Chris Pohl, do Blutengel.
Perky Dark
Industrial/ Dark Eletro
Ouça: Keine Macht


U.

V.
VEIL VEIL VANISH
Desde 2008, EUA.
Perky Dark
Post-Punk, Indie Rock

VELVET EDEN
Desde 1990, Japão. A banda já foi interrompida diversas vezes, voltando as atividades quando os fãs menos esperavam. Rumores dizem que Dada mais uma vez interrompeu as atividades em 2012.
Perky Dark, Perky Doll, Perky Party, Perky Fantasy
Darkwave/ Eletro-Goth/ J-Goth
Ouça: Dance With Skeleton, Sad Mask, Street of Alice, Tragic Puppet Show, Freakshow

VIVE LA FÊTE
Desde 2000, Bélgica.
Perky Dark, Perky Doll
New-Wave/ Eletro-Goth
Ouça: Nuit Blanche, Jaloux, Noir Desir

VOLTAIRE
Desde 1997, Cuba/EUA.
Perky Doll, Perky Dark, Cabaret-Perky
Dark Cabaret/ Gothic Folk
Ouça: Happy Birthday (My Old Friend), Vampire Club, Almost Human


X.


Z.
ZOMBINA & THE SKELETONES
Desde 1999, Liverpool, Reino Unido.
Perky Zombie, Perky Dark
Punk Rock, Deathrock, Gothic Rock
Ouça: Nobodies Like (When You’re Dead), Sea of Heartbreak (cover do Johnny Cash), Fragile Heart.

OBS: É provável que você encontre algumas das bandas desta coluna relacionadas à outro subgênero/tendência da cena (ex: Ayria pode ser tanto Perky-Goth quanto Cyber-Goth). Mas o mais divertido é exatamente isso, o modo como os artistas circulam entre os diversos subgêneros presentes na Subcultura Gótica.
Agora que você já sabe o que mais rola nas festas e “roles” Perky, não tem mais desculpa para não comparecer! As novidades sobre tudo que está acontecendo na cena, você confere aqui mesmo, no Mechanical Bat!!

;-)

Frances, Poe, Burton: Horror e Fantasia


A Subcultura Gótica é conhecida principalmente pela musica. Entretanto, talvez mais nesta cena do que em qualquer outra, você vai encontrar além da música, uma extensa bagagem literária, entre outras artes e entretenimento.
Com isso, muitos artistas surgem praticamente todos os dias , e influenciados pelo “tema”, acabam por fazer suas obras serem voltadas principalmente para esse público. Aqui, falaremos sobre três personalidades, cujo trabalho possui muitos admiradores na cena. Acompanhe-nos.

VICTORIA FRANCES
Naturalmente espanhola, Victoria Frances é uma artista consolidada no ramo de pinturas em óleo. Influenciada principalmente pelos ambientes sombrios e obscuros que observava quando era criança e adolescente, Victoria tem um verdadeiro espetáculo de imagens ao longo de sua carreira. A temática de seus quadros giram, quase que totalmente em torno do universo vampiresco, personagem  que melhor representa o gótico por estar na tênue e fina linha entre vida e morte. Cenários quase sempre medievais e/ou vitorianos, constante presença de sangue, crucifixos, corvos e gatos e até mesmo gárgulas são alguns dos elementos principais utilizados pela pintora. Suas telas possuem certa popularidade na Europa, principalmente no Reino Unido.

EDGAR ALLAN POE
Considerado por muitos o maior gênio da Literatura Fantástica. Já numa época onde a hipocrisia dos “bons costumes” era algo imposto pela sociedade, Poe achou na Literatura uma válvula de escape para expressar o horror e o sombrio que tanto admirava. Seus belos e terríveis contos levaram o autor a criar o termo “Pavor Poético”, imitado por outras centenas de autores no mundo todo. Com livros e contos carregados de morte, misticismo e mistério, Poe conquistou grande fama e prestígio já em sua época, tornando-se assim um ícone da Literatura mundial. Ele serviu de inspiração para centenas de bandas, dentro e fora da cena, incluindo a própria Siouxsie e sua canção “Premature Burial”.

TIM BURTON
Famoso por seus filmes e personagens “excêntricos”, Burton talvez seja o cineasta que mais aborda a temática Gótica em seus filmes. Uma prova disso é o lendário personagem Edward (interpretado por Johnny Depp), que é, esteticamente falando, uma grande influência para góticos até mesmo nos dias de hoje (cabelos volumosos e desgrenhados, roupas escuras, palidez, etc.). Ou então o já considerado clássico “A Lenda do Cavaleiro Sem-Cabeça”, que talvez seja o filme mais rico em atmosfera escura, densa e vitoriana decadentista. Outras obras de destaque do diretor são as animações “O Estranho Mundo de Jack” e “A Noiva Cadáver” (este último apresentando um jovem habitante da era Vitoriana, casado com um cadáver, vivendo num mundo de mortos que mostra ser mais vivo e empolgante que o próprio mundo dos vivos), o musical “Sweeney Todd” e o épico “Alice no País das Maravilhas”.

O Gótico está em constante modificação, absorvendo os novos contextos dos novos ares, e diversas formas de entretenimento surgem todos os dias, captando esses novos ares, por falta de um termo melhor. Novidade é o que torna a coisa toda mais divertida e interessante, mostrando que algo não está preso à uma determinada época e/ou uma determinada “geração”.
;-)