segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Especial DIVA DESTRUCTION

Por onde anda a famigerada e amada banda de gothic rock da belíssima Debra Fogarty?

Muita gente diz que o gótico morreu nos anos 1980, por que a coisa nunca mais foi a mesma. Em parte, essas pessoas estão mesmo corretas, pois aquele gótico realmente morreu, afinal os anos 1980 acabaram quando os anos 1990 nasceram. E junto com os anos 1990 muita coisa boa surgiu. Ao final dessa década, o gótico não apenas estava vivo, como estava respirando muito bem, obrigado (só não espalhe isso, ou a nossa fama de mortos-vivos é que vai morrer) e bandas como as famosas Blutengel (em atividade desde 1998) e The Birthday Massacre (em atividade desde 1999) mostravam isso claramente. O Diva Destruction foi uma das bandas novas da década do final dos anos 1990 que surgiu para dar um novo ar na cena gótica mundial.

Debra e Sharon, numa apresentação ao vivo, ano de 2004
Alguns dizem que elas surgiram para substituir a lacuna deixada pelo rompimento do Switchblade Symphony, embora nenhum ex-membro do Switchblade fizesse parte da banda de Debra Fogarty. A temática do Diva Destruction também era, de certa forma, mais tradicional que o ar de horror e fantasia do Switchblade Symphony. Muita gente diz que essa comparação entre as duas bandas só existe por que ambas eram comandadas por uma dupla de femme fattales.
Formado por Debra Fogarty e Severina Sol, a banda iniciou as atividades em 1999 nos Estados Unidos. Fogarty conta, numa de suas raras entrevistas, que criou o Diva Destruction com a intenção de expressar a dor que não tinha como colocar pra fora através de palavras. “Já perdi uma amiga bastante querida. Ela tirou a própria vida para dar fim a um ciclo de relacionamentos abusivos. Muitas de minhas letras mais ácidas, como a de ‘Cruelty Games’, falam de traição, masoquismo e tortura emocional. As coisas que escrevo falam sobre as profundezas da crueldade que existe na natureza humana e como as pessoas se destroem emocionalmente”.

Suas influências musicais são bastante variadas: de Siouxsie and the Banshees a Beethoven, o que nos faz entender o verdadeiro espetáculo musical que faziam em seu som híbrido. Faziam? Sim, faziam. Há mais de dez anos que a banda não lança nenhum tipo de material novo, sendo seu último álbum lançado em 2006 (Run Cold, que aliás é excelente e fez com que a banda ganhasse pelo segundo ano consecutivo o título de ‘melhor banda gótica dos EUA’). Em seu pouco tempo de atividade, a banda nos presenteou com três ótimos álbuns. Passion’s Price, de 2000, é um excelente disco de estreia. Nele você pode
Passions Price, disco que colocou a banda
entre as melhores da dark music
norte-americana
encontrar um show bastante dramático e teatral, que inclui um santuário para suicídios com forcas, bilhetes suicidas, velas e rosas mortas. Exposing the Sickness, de 2003, deixa a desejar em algumas músicas que soam muito parecidas umas com as outras, mas nos traz grandes pérolas musicais com letras muito fortes, como é o caso da desconhecida “Forgotten”. Neste álbum, a parte eletrônica é melhor explorada que no álbum anterior, nos mostrando o perfeito casamento do electro-goth com o gothic rock, fórmula que só estaria bastante presente em outra banda gótica, a London After Midnight. Run Cold, de 2006, mostra o lado mais maduro da banda até o momento e é um álbum realmente muito gostoso de ouvir. Destaque para a faixa de abertura “Rewritting History” e para a música “Electric Air”.


De 2006 para cá, não ouvimos mais nenhuma notícia real e concreta acerca do paradeiro da banda, exceto uma ou outra apresentação aqui e acolá e sem nenhum indício de retorno. Muitos dizem que acabou, o que realmente faz sentido depois de 12 anos sem lançar nenhum material. O que nós temos certeza, é que sentimos falta da voz poderosa de Debra Fogarty em contraste com guitarras, baixos, teclado e bateria perfeitamente sincronizados  num verdadeiro show de horror gótico. 

Maiores informações sobre o Diva Destruction na sessão de bandas do site Gothic Station