sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sobre o Projeto


O Mechanical Bat é um zine online destinado à Subcultura Gótica e suas constantes modificações e novidades ao longo de seus mais de trinta anos de História.
Nele, você irá encontrar matérias e curiosidades sobre o gótico de forma gratuita e levemente informal. Não praticamos nenhum tipo de “undergroundismo” e somos totalmente contra esse tipo de prática.
A equipe de produção do zine é totalmente contra a forma barata de explorar subculturas e os elementos presentes nas mesmas. Também somos contra qualquer tipo de preconceito, seja ele étnico, religioso, por opção/condição sexual ou cultural de alguma forma
. No Gótico, intolerância é uma palavra que não possui valor algum.
Zines impressos podem passar à existir futuramente contendo nossas matérias, e o preço único cobrado será para pagar gastos com impressão e etc. Contudo, o zine online continuará existindo contendo todas as matérias que o zine impresso possuir. Defendemos a existência pacífica entre pessoas de todas as classes sociais, de A à Z.

Por quê “Mechanical Bat”?
Quem frequenta a cena Gótica sabe que o título do projeto é bastante propício.
“Mechanical Bat” em português  significa “Morcego Mecânico”. Mechanical é uma palavra derivada de “machine”, que em português significa máquina. Desde as Revoluções Industriais, a palavra máquina tem sua interpretação quase sempre ligada à futuro. Morcego, por sua vez, sempre foi um símbolo muito usado pelo post-punk e pelo deathrock, sendo estes, dois de alguns dos gêneros que formaram o Gótico. O morcego, sendo bem interpretado, nada mais é do que uma viagem aos primórdios do Gótico.
Logo, Mechanical Bat nada mais é do que um olhar no presente e futuro da Subcultura Gótica, sem nunca esquecer e deixar de lado o seu passado e suas tradições!

Você pode mandar um e-mail para nós dando suas sugestões e até mesmo escrevendo artigos para nosso zine. Depois de avaliada, sua matéria será postada dando os devidos créditos à seu devido autor. Basta enviar um e-mail para: john.goth1408@gmail.com, ou ainda através da rede social Facebook, por mensagem via inbox ;)

Nosso zine encontra-se disponível no seguinte endereço:   www.mechanicalbatzine.blogspot.com 

Projetos com finalidades voltadas à Subcultura Gótica e Darkwave de forma responsável e eficaz, visando o fortalecimento da cena, são bem-vindos para a nossa equipe, tornando-se assim parceiros mútuos de divulgação. Para ter seu projeto associado ao nosso, repetimos a sugestão de e-mail e mensagem via inbox. Lembre-se: cooperação e “camaradagem” foram características que mantiveram e mantem o Gótico vivo por mais de três décadas ;-)

Você pode manter contato conosco tornando-se um membro do blog, através de e-mail e curtindo a nossa página no Facebook.
Agradecemos à todos pela atenção e Carpe noctem!!
John von Butler e Jean Cranes


Eventos: Maio

À seguir, eventos apoiados pelo nosso zine.

11/05
Projeto Absinthe: https://www.facebook.com/events/559202944103138/

16/05
Wave Gotik Treffen: https://www.facebook.com/events/358353110905485/

18/05
Alquimia Gothic Nights (celebrando o Goth Day): https://www.facebook.com/events/181875158632508/

30/05
Woodgothic Festival: https://www.facebook.com/events/438212446217959/


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Especial CYBER-GOTH


Uma das “atrações” mais divertidas que você irá encontrar na Subcultura Gótica é a extensa variedade de combinações de centenas de visuais e tendências.
O Cyber-Goth é uma das mais populares. Surgiu em meados da década de 1990 e se expandiu mundo à fora, ganhando centenas de adeptos.

SURGIMENTO:

Não se sabe realmente o ano exato em que a tendência Cyber-Goth surgiu. Cronologicamente e musicalmente falando, a primeira banda com temas/som que agradaria Cyber-Goths surgiu na década de 1980: O Front 242, que é considerada a banda modelo quando o assunto é EBM. Entretanto, consideramos que o real aparecimento da tendência Cyber (e aqui incluímos a estética futurista, etc.) se deu a partir do final dos anos 90, com o surgimento de bandas com a temática voltada totalmente para o Cyber-Goth, como é o caso do Amduscia, por exemplo.

COMPORTAMENTO:

Enquanto Góticos Vitorianos gloriam-se e adoram o passado, o Cyber-Goth sonha com um futuro caótico e decadente, onde humanos são controlados por máquinas, com radiação solta no ar, gases venenosos e contagiosos à espreita em qualquer esquina, tudo isso numa atmosfera futurista e obscura.
Tais “sonhos e ideias” ganharam ainda mais força com letras de musicas de algumas bandas, dando destaque para Centhron (cujos álbuns dão a impressão de estarmos dentro de um rpg futurista, caótico e negro!).

ESTÉTICA:

A estética Cyber-Goth é uma das mais ricas e chamativas da cena. Seguindo e baseando-se em seus sonhos e devaneios de um futuro apocalíptico, esse subgênero da cena costuma abusar da estética futurista.
Restos de materiais são frequentemente usados. A presença de neon e látex também é constante, assim como a combinação de cores escuras com cores fosforescentes (ex: preto com verde ácido ou amarelo radioativo). É constante também o uso de goggles, máscaras de gás e elementos com símbolos radioativos.

MÚSICA:

A música, geralmente, diverge e varia de acordo com o indivíduo. Não existe um gênero musical chamado “Cyber-Goth”. Contudo, os adeptos do Cyber geralmente gostam de sons eletrônicos, com batidas ácidas e suaves ao mesmo tempo, algo sugerindo caos e decadência agressiva e poética. Geralmente, as bandas que costumam fazer esse tipo de som circulam entre o Industrial, EBM, Eletro-Goth e Future Pop.
Os vocais podem ser desde graves e fantasmagóricos até guturais gritados, “demoníacos” e desesperadores.
Algumas bandas indicadas: Front 242, Nitzer EBB, VNV Nation, God Module, Amduscia, Agonoize, In Strict Confidence, Centhron, Angelspit, Ayria, Hocico, Suicide Commando , Einsenfunk, Velvet Acid Christ, Ashbury Heights (principalmente o primeiro álbum de 2005, onde os vocalistas apareciam vestidos de látex em cores fosforescentes), Combichrist, Extize, Miss Construction, Nachtmahr etc.

ENTRETENIMENTO:

A tendência Cyber-Goth não consiste apenas na música e nos quesitos estéticos e comportamentais. Existem ainda alguns livros e filmes que possuem a atmosfera caótica e futurista tão presente nesse gênero.
Aqui vão algumas indicações: Matrix (trilogia), Aeon Flux, Ultravioleta, Anjos da Noite: O Despertar, O Extermínio 1 e 2, Resident Evil (série), Eu,Robô (filme e livro), Terror em Silent Hill (tanto filme quanto jogo é recheado de visuais maravilhosos), Doom: A Porta do Inferno e etc.

EVENTOS:

Atualmente, no Brasil, não existe uma única festa voltada para temas excepcionalmente e/ou somente Cyber-Goth. Sabe-se que no estado do Rio de Janeiro concentra-se uma cena mais organizada, e que eventos de pequeno porte são constantes ao longo do ano.
Porém, há sempre uma grande variedade de Cyber-Goth’s no Wave Gotik Treffen (maior festival voltado a Subcultura Gótica do mundo) e no M’Era Luna Festival.
Aqui em São Paulo, é comum encontrar alguns Cybers em eventos de Industrial e EBM, como o Bats and Robots, o Fabrikka e o Projeto Absinthe.

PALAVRA DO EDITOR:
O Cyber-Goth é uma das tendências que eu, em meu particular, mais gosto na cena Goth. Rico em detalhes, estética original e postura marcante.
Lamento realmente o fato de não haver uma cena mais focada em São Paulo.
Escrevi essa matéria baseando-me nesses meus anos de cena, onde observei (e continuo observando) todos os subgêneros de que tenho conhecimento, desde os mais olds até as novidades mais recentes e quentes. Essa matéria não é nenhuma verdade absoluta, afinal quanto mais aprendemos, mais temos a aprender, e tolo é aquele que se acha o dono da verdade. Entretanto, escrevi a matéria de forma clara, deixando explícito tudo que você irá encontrar na cena Cyber-Goth.
Então, coloque “Absolution” do Amduscia para tocar no último volume, e junte-se à nós nesse futuro caótico e negro que tem tudo para ser divertido!! ;)


Quer saber mais sobre o Cyber-Goth? Indicamos a página “Elite Cyber Goth” no Facebook.

Gostou da matéria? Mande-nos um e-mail ou faça um comentário! Este zine é feito para você, amigo leitor ;)

Carpe noctem!!

ABC de Bandas Perky-Goth


O Perky-Goth, como todos sabem, não possui um gênero musical favorito dentro do gótico. Entretanto, existem bandas que fazem parte totalmente e/ou parcialmente da temática Perky, seja pelo visual estético da banda (que sim, é levado em consideração) ou pelas letras das músicas. À seguir, um ABC de bandas que, baseado em pesquisas particulares, comprovaram que a cada 5 perkies, 4 concordam que as bandas possuem um “q” perky-goth em pelo menos um álbum.
A apresentação consistirá da seguinte forma: 1- ordem alfabética; 2- nome da banda; 3- ano de formação e país de origem; 4- visual perky em questão (mais detalhes sobre o assunto no blog da comunidade Perky Goth no Brasil:
www.perkygothbrasil.blogspot.com   ); 5- músicas indicadas; 6- alguma observação importante sobre a banda.
Confiram!




A.
ABNEY PARK

Desde 2001, EUA.
O visual em questão é Steampunk, saindo quase que totalmente da estética Perky-Goth.
Darkwave/Synth-Rock
Ouça: Sleep Isabella, Dear Ophelia, She, Airship Pirate
OBS: A atmosfera que o Abney Park traz em suas letras são caóticas e perfeitas! Perky ou não, é uma banda muito original na cena gótica.

ALIEN SEX FIEND
Desde 1982, Reino Unido.
Alien possui um visual puxado para “Perky Zombie” e/ou “Perky Dark”.
Deathrock/ Post-Punk
Ouça: Ignore the Machine, Dead and Buried, Here She Comes

ANGELSPIT
Desde 2004, Austrália.
Perky-Cyber, Perky Fantasy
Eletro-Punk/ Industrial

ASHBURY HEIGHTS
Desde 2005, Suécia.
Perky Dark
Synth-Pop/ Eletro-Goth/ Darkwave
Ouça: Underable Beauty, Derrick is a Strange Machine, Spiders, Smaller

AURAL VAMPIRE
Desde 2004, Japão.
Perky Fantasy, Perky Party
Darkwave/ Eletro-Goth/ J-Goth

AYRIA
Desde 2002, Canadá.
Perky-Cyber, Perky Doll
Eletro-Goth/ Future-Pop/ Mesclados de EBM
Ouça: Invisible e Analog Trash

B.
BIRTHDAY MASSACRE, THE

Desde 2000, Canadá.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Dark
Industrial/ Synth-Rock/ Darkwave
Ouça: Violet, Blue, Video Kid, To Die For, Movie, Red Stars, Shallow Grave, Leaving Tonight, Calling
OBS: A banda que mais traz elementos infantis na bagagem.
A letra da musica “Violet” (“A trágica comédia divina […]”) é essencial para entender o que é o Perky-Goth. Banda essencial em toda vitrola perky.

BLOOD, DEAD AND SEXY
Desde 1997, Alemanha.
Perky Zombie/ Perky Dark
Deathrock/ New-Wave

C.
CANDY SPOOKY THEATER, THE
Desde 2000, Japão.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Dark, Perky Party
Eletro-Goth/ J-Goth/Rock
OBS: A melhor representante perky-goth em terras orientais, batendo até mesmo  “gente grande” como Malice Mizer.

CINDERGARDEN
Desde 2000, EUA.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Dark
Trip Hop/ Darkwave/ Industrial
Ouça: Dirty Ritual, Candles on Cakes

CINEMA STRANGE
Desde 1994, EUA.
Perky Doll, Perky Fantasy, Perky Zombie
Deathrock/ Gothic Rock/ Experimental

CRUXSHADOWS, THE
Desde 1990, EUA.
Perky Dark
Synth/ Dark Eletro/ Eletro-Goth/ Darkwave
Ouça: Birthday, Deception, Edge of the World, Quicksilver , Satellite
OBS: Banda essencial em qualquer vitrola, perky ou não.

CURE, THE
Desde 1979, Reino Unido.
Perky Dark, Perky Doll
Post-Punk/ Darkwave/ Pop Rock 80’s
Ouça: Just Like Heaven,  Pictures of You, Lovesong, Friday I’m Love


D.
DANDELION WINE
Desde 1996, Austrália.
Perky Doll, Perky Dark.
“Ethereal Medieval pos-dreampop”

DINAH CANCER
De 1979 à 1990 como integrante do 45 Grave. Responsável por outros projetos, retornando em 2004 com o 45 Grave.
Perky Zombie, Perky Doll, Perky Dark, Perky Fantasy
Deathrock/ Post-Punk/ Horror Punk/ Gothic Rock
Ouça: Evil, Take Five, Bad Love, Fucked by the Devil
OBS: Dinah é um dos principais ícones perky-goth.
A tendência que sua música inspirou e o colorido misturado ao dark dando uma alegria funesta, decrépita e perversa a cena é uma típica atitude que está muito presente na cena perky.

DIVA DESTRUCTION
Desde 1999, EUA.
Perky Doll, Perky Dark
Darkwave/ Gothic Rock
Ouça: Forgotten, Black Heart, Electric Air
OBS: Ainda que suas músicas soem repetitivas em alguns álbuns, o Diva Destruction foi eleita duas vezes a melhor banda Gótica dos EUA.

DRESDEN DOLLS, THE
Desde 2001, EUA.
Perky Doll, Perky Dark, Perky Party, Perky Fantasy,
Punk Wave/ Darkwave/ Experimental
Ouça: The Kill, Girl Anarchronism, Half Jack, Slide, Gravity
OBS: Esta talvez seja a banda modelo perky-goth, perdendo apenas para as extintas veternas do Switchblade Symphony.
Suas maquiagens teatrais e atitude que misturam rebelião com alegria, melancolia, tristeza e nostalgia refletem tudo que o Perky-Goth é.


E.
ECHO & THE BUNNYMEN
Inicialmente de 1972 à 1992. Retorna em 1996 e permanece em atividade até então. Reino Unido.
Perky Dark
Post-Punk/ Darkwave

EMILIE AUTUMN
Desde 2001, EUA.
Perky Doll, Victorian-Cabaret Perky
Industrial Gothic
Ouça: Marry Me, Girls Girls Girls, Opheliac


F.
FAITH AND THE MUSE
Projeto paralelo de outros artistas da cena (incluindo a gatinha da Monica Richards), foi formado em 1993, EUA.
Perky Ween, Perky Fantasy
Darkwave/ Folk/ Gothic Rock


G.
GHOST DANCE
Formado em 1985 e interrompido em 1989, Reino Unido. Projeto curto, porém perfeito de Anne Marie, do Skeletal Family.
Perky Dark
Post-Punk/ Darkwave
Ouça: River on no Return, Celebrate, Cruel Light, Last Train, A Deeper Blue

GOD MODULE
Desde 1999, EUA.
Perky Dark, Perky Fantasy, “Vodu”-Perky
EBM/ Industrial/ Darkwave
Ouça: Victims Among Friends, Spooky


H.


I.
IMAGINARY STIGMA
Desde 2002, Rússia.
Perky Dark/ Perky Indie
Gothic Rock/ Post-Punk/ Indie Rock

IN STRICT CONFIDENCE
Desde 1992, Alemanha.
Perky Dark, Perky Doll
Synth/ Industrial/ Eletro-Goth
Ouça: Falling Down

I: SCINTILLA
Desde 2003, EUA.
Perky Dark
Eletro-Goth/ Industrial/ Gothic Rock

IAMX
Desde 2004, Reino Unido.
Perky Doll, Perky Dark, Perky Party
Indie/ “80’s Eletro”
OBS: Projeto solo de Chris Corner (Sneaker Pimps), é uma das maiores provas de como o Perky-Goth está presente na nossa década e que não terminou com o Switchblade Symphony.


J.
JACK OF JILL
Desde 1992, EUA.
Perky Dark, Perky Party, Perky Doll
Industrial Rock

JAD WIO
Inicialmente de 1982 à 1996.
Retorna em 2004 e se mantem em atividade até então. Projeto da França.
Perky Zombie, Perky Dark
Glam/ Gothic Rock


K.
KNUTZ, THE
Desde 2004, Brasil.
Perky Zombie, Perky Dark
Gothic Rock/ Psychobilly/ Deathrock
Ouça: Where Are You Now, Ghost Dance Party, The Hanging Man, Bem Depois


L.
LAST DAYS OF JESUS, THE
Desde 1992, Bratislava.
Perky Zombie, Perky Doll, Perky Party
Deathrock/ Gothic Rock

LE SICK DREAM
Desde 2010, Brasil.
Perky Doll, Perky Ween, Perky Party, Perky Dark, Perky Zombie
Trip-Hop/ Gothic Rock/ Experimental

LEANDRA
Desde 2005, Alemanha.
Perky Doll, Perky Fantasy
Trip-Hop/ “Classical Gothic”
OBS: Leandra, mais conhecida como Ophelia Dax (do Last Days of Jesus) é uma talentosa cantora, que com seus 6 gatos vive numa casa próxima à uma floresta. Seu talento é imprescindível, cantando muitas  vezes num idioma fantasioso que ela própria inventou. Seu trabalho “Metamorphine” é recomendadíssimo para todos os perkies (e não perkies, rs) que adoram sonhar e explorar o mundo dos sonhos.

LONDON AFTER MIDNIGHT
Desde 1990, EUA.
Perky Dark
Gothic Rock/ Darkwave
Ouça: Fly and The Spider, The Christmas Song, Black Cat, This is Paradise, Inamourada, Let Me Break You, Sally’s Song (cover da canção do filme O Estranho Mundo de Jack, de 1993)


M.
MARILYN MANSON & THE SPOOKY KIDS

De 1989 à 1994.
Posteriormente apenas “Marilyn Manson”, encerrando a fase com temas perky-goth.
Perky Dark, “Vodu” Perky
Industrial Rock

MALICE MIZER
Desde 1992, Japão. Interrompida em 2001, devido à uma série de acontecimentos. Mana, o responsável pela banda, possui um projeto paralelo, o Moi Dix Mois.
Perky Dark, Perky Doll, Perky Fantasy, “Carnival” Perky
Gothic Rock/ Eletro-Goth/ J-Goth
Ouça: Beast of Blood, Transylvania, Illuminati
OBS: Banda indispensável na construção da cena Perky-Goth. Inspiração mútua: perky inspirando a banda, e a banda inspirando a cena.

N.

O.

P.
PINK TURNS BLUE
Desde 1985, Alemanha.
Perky Doll, Perky Dark
Darkwave/ Gothic Rock/ Post-Punk


R.
RASPUTINA
Desde 1991, EUA.
“Cabaret-Steam Perky”
Dark Cabaret/ Ethno
Ouça: Oh Injury


S.
SCARY BITCHES
Desde 1999, Reino Unido.
Perky Zombie, Perky Dark
Deathrock/ Gothic Rock
Ouça: Werewolf, Strange Child, The Hole, Lesbian Vampires From Outerspace

SCREAMING BANSHEE AIRCREW
Desde 2001, Reino Unido.
Perky Dark/ Perky Doll
Gothic Rock/ Post-Punk/ Indie

SCHNEEWITTCHEN
Desde 1998, Alemanha.
Perky Fantasy, Perky Party
Classical/ Dark Cabaret/ Darkwave
OBS: O nome da banda significa “Branca de Neve” em alemão.

SIOUXSIE & THE BANSHEES
Com os Banshees, de 1976 à 1996. Retorna em 2007 em carreira solo, ficando conhecida apenas como Siouxsie Sioux.
Perky Dark, Perky Doll
Post-Punk/ Darkwave/ Gothic Rock
Ouça: Happy House, Premature Burial (cuja letra foi inspirada num conto de Edgar Allan Poe), Candyman, Cities in Dust, The Passenger (cover do Iggy Pop), Dear Prudence, Peek a Boo, Christine, Face to Face, Placebo Effect
OBS: Siouxsie é essencial na formação de todos os subgêneros do gótico. Do Post-Punk ao Perky, sem exceções.

SKELETAL FAMILY
Desde 1982, Reino Unido. A banda tem contínua mudança de membros, mas permanece em atividade.
Perky Dark
Post-Punk/ Gothic Rock/ Darkwave
Ouça: Ritual, And I, Waiting Here, Just a Friend, The Night

SOLAR FAKE
Desde 2007, Alemanha.
Perky Dark
Eletro-Goth/ Darkwave

SOPOR AETERNUS & THE ESEMBLE OF SHADOWS
Em atividade desde 1989, Alemanha.
Perky Dark, Perky “Freak”, Perky Party
Ethereal/ Coldwave/ Darkwave
Ouça: Hades Pluton, In Der Palästra, Strange Thing, A Little Bar of Soap, Architecture I e II, Bitter Sweet
OBS: Anna Varney e suas canções desesperadas e trágicas costuma satirizar e menosprezar coisas mundanas, como sexo por exemplo. Mais um comportamento sombrio que costuma agradar bastante quem frequenta a cena Perky.

STRANGE DOLLS CULT
Desde 2003, Austria.
Perky Zombie, Perky Dark
Deathrock/ Gothic Rock
Ouça: Puppets Dance, Urban Comedy

SWITCHBLADE SYMPHONY
Desde 1989, sendo interrompida em 1999. Susan Wallace segue a carreira de DJ, enquanto Tina Root tem outro projeto, o Tré Lux, cuja temática e som é mais voltado para o pop alternativo.
O Switchblade Symphony se encaixa em todos os tipos de perky-goth existentes. É a única banda que possui tal marco.
Darkwave/ Eletro-Goth/ Trip-Hop
Ouça: Toda a discografia: Serpentine Gallery (1995), Scrapbook (1997),  Brad and Jam for Frances (1997), The Three Calamities (1999), Sweet Little Witches (2003). Destaque para as faixas Clown, Dollhouse, Rain, Sweet, Blue, Numb, Wrecking Yard e Waiting Room.
OBS: Criadoras da tendência não apenas estética, mas também comportamental, essa banda é até então a melhor representante do perky-goth na área musical. Suas apresentações incluíam cenários infantis (com gatinhos e bonecos), elas apareciam vestidas de branco e maria-chiquinhas, e suas canções possuíam nostalgia, alegria, maldade e perversão. Sem o Switchblade Symphony, não existiria o Perky-Goth. O que o Bauhaus significa para um gótico tradicional, as Switchblades significa para os perkies. Banda inovadora e original, que trouxe novos elementos para a cena dos anos 90.

T.
TERMINAL CHOICE
Desde 1993, Alemanha. Projeto de Chris Pohl, do Blutengel.
Perky Dark
Industrial/ Dark Eletro
Ouça: Keine Macht


U.

V.
VEIL VEIL VANISH
Desde 2008, EUA.
Perky Dark
Post-Punk, Indie Rock

VELVET EDEN
Desde 1990, Japão. A banda já foi interrompida diversas vezes, voltando as atividades quando os fãs menos esperavam. Rumores dizem que Dada mais uma vez interrompeu as atividades em 2012.
Perky Dark, Perky Doll, Perky Party, Perky Fantasy
Darkwave/ Eletro-Goth/ J-Goth
Ouça: Dance With Skeleton, Sad Mask, Street of Alice, Tragic Puppet Show, Freakshow

VIVE LA FÊTE
Desde 2000, Bélgica.
Perky Dark, Perky Doll
New-Wave/ Eletro-Goth
Ouça: Nuit Blanche, Jaloux, Noir Desir

VOLTAIRE
Desde 1997, Cuba/EUA.
Perky Doll, Perky Dark, Cabaret-Perky
Dark Cabaret/ Gothic Folk
Ouça: Happy Birthday (My Old Friend), Vampire Club, Almost Human


X.


Z.
ZOMBINA & THE SKELETONES
Desde 1999, Liverpool, Reino Unido.
Perky Zombie, Perky Dark
Punk Rock, Deathrock, Gothic Rock
Ouça: Nobodies Like (When You’re Dead), Sea of Heartbreak (cover do Johnny Cash), Fragile Heart.

OBS: É provável que você encontre algumas das bandas desta coluna relacionadas à outro subgênero/tendência da cena (ex: Ayria pode ser tanto Perky-Goth quanto Cyber-Goth). Mas o mais divertido é exatamente isso, o modo como os artistas circulam entre os diversos subgêneros presentes na Subcultura Gótica.
Agora que você já sabe o que mais rola nas festas e “roles” Perky, não tem mais desculpa para não comparecer! As novidades sobre tudo que está acontecendo na cena, você confere aqui mesmo, no Mechanical Bat!!

;-)

Frances, Poe, Burton: Horror e Fantasia


A Subcultura Gótica é conhecida principalmente pela musica. Entretanto, talvez mais nesta cena do que em qualquer outra, você vai encontrar além da música, uma extensa bagagem literária, entre outras artes e entretenimento.
Com isso, muitos artistas surgem praticamente todos os dias , e influenciados pelo “tema”, acabam por fazer suas obras serem voltadas principalmente para esse público. Aqui, falaremos sobre três personalidades, cujo trabalho possui muitos admiradores na cena. Acompanhe-nos.

VICTORIA FRANCES
Naturalmente espanhola, Victoria Frances é uma artista consolidada no ramo de pinturas em óleo. Influenciada principalmente pelos ambientes sombrios e obscuros que observava quando era criança e adolescente, Victoria tem um verdadeiro espetáculo de imagens ao longo de sua carreira. A temática de seus quadros giram, quase que totalmente em torno do universo vampiresco, personagem  que melhor representa o gótico por estar na tênue e fina linha entre vida e morte. Cenários quase sempre medievais e/ou vitorianos, constante presença de sangue, crucifixos, corvos e gatos e até mesmo gárgulas são alguns dos elementos principais utilizados pela pintora. Suas telas possuem certa popularidade na Europa, principalmente no Reino Unido.

EDGAR ALLAN POE
Considerado por muitos o maior gênio da Literatura Fantástica. Já numa época onde a hipocrisia dos “bons costumes” era algo imposto pela sociedade, Poe achou na Literatura uma válvula de escape para expressar o horror e o sombrio que tanto admirava. Seus belos e terríveis contos levaram o autor a criar o termo “Pavor Poético”, imitado por outras centenas de autores no mundo todo. Com livros e contos carregados de morte, misticismo e mistério, Poe conquistou grande fama e prestígio já em sua época, tornando-se assim um ícone da Literatura mundial. Ele serviu de inspiração para centenas de bandas, dentro e fora da cena, incluindo a própria Siouxsie e sua canção “Premature Burial”.

TIM BURTON
Famoso por seus filmes e personagens “excêntricos”, Burton talvez seja o cineasta que mais aborda a temática Gótica em seus filmes. Uma prova disso é o lendário personagem Edward (interpretado por Johnny Depp), que é, esteticamente falando, uma grande influência para góticos até mesmo nos dias de hoje (cabelos volumosos e desgrenhados, roupas escuras, palidez, etc.). Ou então o já considerado clássico “A Lenda do Cavaleiro Sem-Cabeça”, que talvez seja o filme mais rico em atmosfera escura, densa e vitoriana decadentista. Outras obras de destaque do diretor são as animações “O Estranho Mundo de Jack” e “A Noiva Cadáver” (este último apresentando um jovem habitante da era Vitoriana, casado com um cadáver, vivendo num mundo de mortos que mostra ser mais vivo e empolgante que o próprio mundo dos vivos), o musical “Sweeney Todd” e o épico “Alice no País das Maravilhas”.

O Gótico está em constante modificação, absorvendo os novos contextos dos novos ares, e diversas formas de entretenimento surgem todos os dias, captando esses novos ares, por falta de um termo melhor. Novidade é o que torna a coisa toda mais divertida e interessante, mostrando que algo não está preso à uma determinada época e/ou uma determinada “geração”.
;-)

Gótico no Século 21


Verdade, e não mito


Debra Fogarty, vocalista e líder do Diva Destruction,
banda atual que prova como o Goth Tradicional
sobreviveu as areias do tempo.
Quando se frequenta a cena Gótica, pelo menos uma vez nos deparamos com algumas situações curiosas. Uma delas, basicamente, apresenta-se com o seguinte comentário:

“ –Ah, pra mim o Gótico de verdade terminou nos anos 1980. O que vem depois disso é tudo “conversa fiada.”

Cronologicamente, o Gótico, de fato, terminou nos anos 1980, assim como o New Romantic, o Psychobilly, o Pop e tudo mais que existia naquela época; assim como a própria década em si encerrou-se para dar lugar aos anos 1990.
Mas o som gótico não apenas continuou, como também aumentou ainda mais suas proporções. O número de bandas com temas e sons voltados para a Subcultura Gótica aumentou significativamente. Enquanto certas bandas encerravam suas atividades (ex: Ghost Dance (1985-1989)), outras bandas que causariam impacto na história da cena começavam à aparecer (ex: Switchblade Symphony em 1989, Diva Destruction uma década depois, em 1999, etc.).

E as modificações dos novos tempos não se limita apenas na música. Se em 1980 havia ótimos filmes góticos, em 1990 e 00’s há um cardápio ainda mais extenso (ex: O Estranho Mundo de Jack (1993), Entrevista com o Vampiro (1994), A Noiva Cadáver (2005), etc). O mesmo se dá com a literatura e toda forma de arte e entretenimento.

Mesmo hoje, em pleno século 21 no ano de 2013, bandas e artistas novos continuam à surgir e inovar a cena, que continua em constante e mútua modificação, absorvendo novos ares dos novos tempos, sem, contudo, deixar de lado suas raízes, origens e tradições, como acontece no mainstream. E é aí que reside todo o diferencial que mantém a Subcultura Gótica viva por mais de três décadas!
;-)

Literatura


GETSÊMANI
A Verdade Oculta, de James Andrade




Um homem desperta em uma cama de hospital. Sem memória. Sem passado.
Assim começa esta alucinante aventura. A busca obstinada do personagem por si mesmo, e, consequentemente, pela “verdade oculta” que está intimamente ligada com a sua situação atual, é o centro desta intricada trama.
Caminhe lado à lado com este homem em uma jornada recheada de perigos sobrenaturais e inesperadas reviravoltas, se relacione com vários personagens inusitados e descubra, junto com ele, quais são seus aliados e quais são seus inimigos.
Com uma forte veia místico-religiosa, a obra tem na Bíblia e nos apócrifos cristãos grandes fontes de inspiração, mas não as únicas. Beba das mesmas fontes que o autor usou para compor esta inovadora obra, e se maravilhe em descobrir personagens que todos julgavam conhecer intimamente. Até agora.
Imortalidade, maldições, magia e pactos místicos são recorrentes no decorrer desta trama, que mistura, em um mesmo cotidiano, lobisomens, vampiros, demônios, gênios, deuses pagãos e personagens cristãos, tanto Bíblicos, quanto apócrifos, e claro, pessoas comuns. O suspense é mantido desde o primeiro capítulo, onde um mendigo é apresentado, até o último, onde, em meio à trágicos eventos, toda a trama é revelada. No último capítulo, “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

JAMES ANDRADE nasceu em 1967, na cidade de Aparecida d’Oeste, no Paraná. Desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura. Fã de cinema, HQs e autores de terror, sempre teve predição por histórias que se aventuravam pelos tortuosos caminhos da religião e do misticismo. E agora, resolveu ele mesmo trilhar esses caminhos. Com vários personagens bíblicos, revistados sob a ótica dos textos apócrifos, o seu romance de estreia é uma intrigante viagem a um dos momentos mais conhecidos e mal documentados da história.

Publicado pela Giz Editorial.
Mais sobre este e outros títulos no site:
www.gizeditorial.com.br .
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EM SP


Museu da Arte Moderna exibe retratos de Warhol travestido

Série fotografada por Christopher Makos é inspirada em obra de Duchamp e Man Ray

Em 1921, Marcel Duchamp posou para o fotógrafo surrealista Man Ray vestido de mulher, com direito à chapéus, plumas e casacos de pele –a enigmática Rrose Sélavy.
Seis décadas depois, Andy Warhol se deixou retratar pelo amigo Christopher Makos usando maquiagem e uma série de perucas na famosa Factory, seu ateliê em Nova York.
“Queríamos evocar a história da arte, essa experiência de Man Ray e Duchamp, mas com outro significado”, conta Makos. “Não são fotografias de travesti nem queríamos transformar o Warhol em mulher. É uma série que questiona a identidade.”
Estão agora no Museu da Arte Moderna, 50 dessas imagens. Warhol aparece com penteados distintos e expressões que vão de deboche à sedução. É só um recorte de um total de mais de 300 fotografias, mas que dão a ideia do poder plástico dessa série.
Não que Warhol seja tão magnético quanto as divas que retratou, de Elizabeth Taylor à Marilyn Monroe, mas mais porque Makos forçou o artista aqui a revelar os mecanismos que ele mesmo usava para transformar um rosto em ícone à ser celebrado.
Nesse ponto, Warhol e seu retratista destrincham o que seria uma operação de construção do glamour. Dois tipos de maquiagem –uma usada para o teatro, com uma grossa camada branca, e outra mais natural –escondem ou exacerbam as rugas e marcas da idade de um dos homens mais vaidosos do mundo.
“Tudo está na linguagem corporal, nas mãos dele”, diz Makos. “Não era pra fazer uma nova Marilyn, mas ele encarna em algumas poses aquelas mulheres da alta sociedade que ele retratava.”
Essa é outra chave de leitura da série. Warhol não só se mostra como mulher, mas parece sublinhar certa fragilidade feminina, mesmo que construída e exagerada.
Makos, aliás, diz que tentou destacar nessa série a ambiguidade sexual que cerca a figura do artista e acha que a mostra chega ao Brasil num momento crítico.
“É oportuno fazer essa exposição aqui, quando a pessoa que dirige a Comissão dos Direitos Humanos [da Câmara dos Deputados] se declara contra amar quem você quiser amar”, diz Makos.
“Gostaria de convidar o deputado Marco Feliciano para ver essa exposição. Sempre pensamos no Brasil como um país livre e aberto. Não é bom para a imagem do país ter alguém assim nesse cargo.”

Christopher Makos: De 16/04 à 23/06. De terça à domingo, das 10h às 17h30;
Museu da Arte Moderna: Parque Ibirapuera, portão 3. Tel: 0xx11 5085-1300
R$6,00.
Matéria originalmente publicada na Folha de São Paulo.

Mrs. Lovett


Macabramente Prendada



O cineasta Tim Burton é um gênio que consegue prender todos os espectadores, seja em adaptações ou em suas tramas próprias.
Muitas são as características próprias e marcantes em suas obras. Seja pelo jeito único de narrar e contar uma história ou pelos efeitos visuais presentes no filme.
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” é uma das adaptações do diretor, lançada em 2008. Com os já conhecidos Johnny Depp e Helena Bonham Carter nos papéis principais, o musical é extremamente rico em atmosfera e visual estético. A trama ocorre numa escura e fétida Londres da era Vitoriana, ambientada por parasitas e corruptos injustos e decadentes.

Os personagens são ricos e bem explorados, tendo atuações e performances muito dignas. Um desses personagens é Mrs. Lovett, a carismática e macabra dona de uma loja de tortas um tanto incomum, interpretada por Helena Bonham Carter.

A personagem possui um caráter muitíssimo interessante. Ao mesmo tempo em que apieda-se e adota um garoto que recebia um tratamento inadequado para uma criança de seu antigo tutor, concorda e ajuda o Sr. Todd (interpretado por Johnny Depp) em sua sangrenta vingança, fazendo tortas de pessoas! “-Os ricos servindo aos pobres, os de cima servindo os de baixo! [...]”, como diz um dos versos do musical.

Esteticamente falando, Mrs. Lovett não deixa à desejar em aspecto algum. Cabelos desgrenhados (uma clara menção e homenagem ao Goth 80’s), palidez, expressões teatralmente fantasmagóricas, belos vestidos vitorianos, babados e rendas, tudo em cores escuras e desbotadas. Há ainda uma cena, em que Mrs. Lovett e Mr. Todd (que aliás, possui uma semelhança muito grande com a estética do vocalista da banda gótica The Damned) estão em baixo de um carvalho, desfrutando de um sombrio e ethereal picnic, e enquanto ela devaneia sobre seu feliz (e incerto) futuro, Mr. Todd só pensa em o quão delicioso será o dia em que o sangue do Juiz Turpin (interpretado por Alan Rickman)  jorrar sob suas mãos, fechando assim o círculo de sua vingança.
O filme em si é maravilhoso. Ganhou um Óscar por melhor adaptação visual e uma indicação ao prêmio de Melhor Ator para Johnny Depp. Consegue ser divertido em diversos momentos, ainda que seja muito tenso e sangrento em sua essência. Uma ótima indicação para, naqueles dias frios, ser assistido debaixo de cobertas pretas e mixiricosas, com um balde de pipocas e uma boa dose de café com conhaque!

Boa diversão!!

Clássicos e Atuais


Aqui, resumiremos a trajetória de três bandas consolidadas da cena, e que ainda permanecem na ativa até os dias atuais.

Christian Death (Post-Punk, Deathrock)

Formado por volta de 1979 na Califórnia, o Christian Death é uma das bandas percussoras do Deathrock.
Sua formação foi bastante complexa, e da banda surgiria nomes que ficariam famosos na cena tempos depois, como é o caso de Eva O e Gitane Demone.
A banda trata quase que totalmente de temas religiosos, quase sempre de uma forma sarcástica, sádica e ácida, demonstrando sua insatisfação com a religião e como ela pode doutrinar as pessoas de uma forma errada e, em certos casos, irremediável.
Rozz Williams, vocalista da banda e ícone quando o assunto é Deathrock, é uma grande personalidade para a cena Gótica. Enquanto os visuais de grande parte das bandas da atual cena Deathrock puxam e valorizam uma estética mais ligada ao Punk, Rozz era profundamente ligado com o Gótico, sendo ele um dos grandes responsáveis (há quem diga culpado, rs) pela grande teia e ligação que existe entre as duas cenas. Sua morte precoce, em 1998, deixou muita gente abalada, sem saber que caminho tomar.
Atualmente, a banda ainda está em atividade, ostentando o titulo de “Christian Death 1334”, com Valor nos vocais. Há quem torça o nariz para Valor, afirmando que ele simplesmente usufrui a fama de algo que ele não criou, e que ele deveria montar um projeto solo, deixando os créditos do Christian Death somente para o falecido Rozz. Contudo, a faixa “Church of no Return” faz qualquer um se esbaldar numa pista trevosa.

Clan of Xymox (Darkwave, Eletro-Goth, Gothic Rock)

O Clan of Xymox iniciaram suas atividades em meados de 1983.
Logo no início de sua brilhante carreira, a banda já trouxe consigo certa inovação ao cenário da época, misturado o rock à pegadas e batidas eletrônicas.
A formação essencial da banda predomina até os dias de hoje, e são considerados grande influência para outros grandes nomes do Darkwave, como Frozen Autumn e The Cruxshadows.
A temática varia de acordo com o álbum e a fase da banda, mas os contornos continuam tão iguais quanto em 1983: o obscuro e o decadente, além da imagem feminina sempre muito presente e comentada (Emily, Louise, etc) em algumas de suas faixas mais famosas.
Talvez esta seja a banda que mais acompanhou as modificações que a Subcultura tem absorvido com o passar do tempo. Uma prova disso é a sonoridade, que de Darkwave oitentista, passou à ter elementos de Eletro-Goth e Gothic Rock em trabalhos mais recentes. Poucas bandas da cena ficaram tão à vontade e se adaptaram tão bem à essas alterações quanto o Clan of Xymox.
Esteticamente, Ronny e Mojca são referências na cena desde a década de 1990, com um visual carregado de tradição sem deixar de lado as novidades que surgem todos os dias.

Depeche Mode (Darkwave, Synth-Pop)

A banda teve sua formação por volta de 1980, na velha terra da rainha (Reino Unido).
Famosos por seus álbuns grandiosos e memoráveis, a banda deixou de fazer grandes feitos apenas na música underground, e partiu para criar seu próprio marco na história da música inglesa das décadas de 1980 e 1990.
À princípio, tinha sua música mais próxima ao underground, criando um som Darkwave muito gostoso e interessante de ouvir e dançar. Contudo, algum tempo depois, resolveram criar um som mais “light”, indo juntar-se então ao grupo de bandas chamado “Synth-Pop”.
A formação permanece a mesma em suas mais de três décadas de carreira, um marco quase que único da própria banda na história da música. São considerados influências para centenas de artistas, dentro e fora da cena.
Os temas usados pelo Depeche Mode em suas músicas e álbuns divergem e variam de acordo com a fase da banda. Na década de 1980 costumavam cantar temas considerados polêmicos para a época (por exemplo, a faixa “Personal Jesus”); na atualidade, circulam mais sobre temas como amor, ódio, felicidade e infelicidade, entre outros. A banda deve ser a que mais possui covers de outros artistas, perdendo apenas para David Bowie, muito provavelmente.
Já entraram para o seleto grupo “As dez melhores bandas da Grã Bretanha”, e seu trabalho mais recente tem estado sob muitos holofotes, que descrevem o álbum como uma viagem louca e digna, coisa que só mesmo o Depeche Mode sabe como conseguir.

Conhecer o trabalho desses artistas só comprova como é pura tolice afirmar que o Gótico terminou nos anos 1980. Na atualidade temos tanto bandas novas e não menos talentosas, como bandas consideradas “olds” na ativa e acompanhando todas as novidades e seus novos aspectos absorvidos pela cena em si!
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Editorial


Olá, caro leitor!
É com muito prazer que anunciamos a segunda edição do nosso zine virtual! Gostaríamos de, primeiramente, agradecer à todos nossos leitores pelo carinho e simpatia demonstrados para com o projeto, que foi muito bem recebido por grande parte das pessoas da cena, e agradecer ainda pelas mais de duzentas visualizações, e isso antes mesmo do encerramento da primeira edição. Isso deixa a equipe toda muito motivada para manter o projeto no ar, e nos concede ânimo e esperança para no futuro haver uma versão impressa deste mesmo zine.

Bem, nesta segunda edição, a equipe suou a camiseta preta (preto, sempre, rs) para elaborar matérias informativas e de boa qualidade para todos. Você irá acompanhar em primeira mão um especial sobre a banda ABNEY PARK, uma matéria exclusiva sobre o CYBER-GOTH, além de ficar informado sobre tudo que aconteceu na estreia da SWEET MACABRE PARTY. Dicas de eventos (baladas, cinema, teatro etc.), análise de filmes e bandas e muito mais espera por você.

Por isso, fique sempre ligado no blog, e boa diversão!!
OBS: Não seja acanhado e mande-nos seu e-mail, sua sugestão ou até mesmo seu artigo! Esse zine é feito exclusivamente para você, amigo leitor ;-)
Carpe noctem!!
John von Butler e Jean Cranes.

Sweet Macabre Party, a Estreia


Um dos principais atrativos da cena Gótica, é a extensa variedade de eventos que a mesma proporciona. Eventos tradicionais, eventos que visam/abordam um determinado subgênero da cena, lançamentos de livros, filmes e álbuns de bandas, e etc.
No estado de São Paulo, a festa pode ser ainda maior, visto a grande diversidade de eventos que ocorrem ao longo do ano. Desde projetos conceituados, como o Projeto Absinthe (e sua extensa carreira no ramo de eventos Góticos, rs) e o Via Underground, até projetos mais recentes e não menos divertidos, como a Perky-Goth Party.
Nesta matéria, falaremos como foi a estreia da Sweet Macabre Party, que ocorreu no último dia 19 de abril, no Bar SP.
Confira!

UNDERGROUND & UNDERGROUNDISMO
Uma Subcultura atrai diversas formas de entretenimento por possuir seus próprios aspectos e valores divergentes do que está no modismo mainstream. Contudo, nem tudo que se diz “underground” é necessariamente underground. Existe aquilo que chamamos de “undergroundismo” (um termo inventado meramente para explicar a diferença entre duas situações que apenas aparentam ser a mesma, por assim dizer), que nada mais é do que a forma barata e tosca de explorar os valores de uma determinada Subcultura, visando apenas lucros pessoais. Um evento underground, quando realmente é underground, visa o conforto das pessoas e também o que o evento em si irá proporcionar de bom para a Subcultura em questão, seja ela punk, gótica, ou qualquer outra.
São questões importantes e que as pessoas devem levar em consideração antes de tirar suas próprias conclusões sobre eventos “supostamente” Góticos.

A FESTA
Com um grupo de amigos, cheguei ao Bar SP exatamente às 23:30.
A decoração estava excelente, assim como a recepção e toda a equipe do lugar. Já fomos recebidos com um delicioso (e já saudoso, rs) copo de Ponche.
O lugar em si possui uma boa infraestrutura. A casa é grande, com andares superiores, pista de dança grande, e com outras opções de entretenimento, além da música.
O fato de a data para a estreia da festa ter sido numa sexta-feira não impediu as pessoas de comparecerem! Pessoas belas, com visuais impecáveis e uma vontade voraz de diversão garantiram que a noite valeria à pena.
A noite começou bem com a voz grave e sensual de Adrian Hates e a maravilhosa faixa “The Curse” de Diary of Dreams. Em seguida, a pista foi ficando cada vez mais animada com a discotecagens de Freon Heart e seus famosos sets do Gótico tradicional.
Na minha vez de tocar, o pessoal viu um set interessante (segundo eles mesmos, rs) dividido entre The Birthday Massacre, Velvet Eden, J-Goth (dentre os quais destaca-se Malice Mizer e Blood) e outras faixas Perky-Goth, como A Little Bar of Soap, da linda (oi?rs) Anna Varney.
A noite encerrou-se com um set maravilhoso que incluía Ego Likeness, Diva Destruction, The Cure e Cyndi Lauper!
No piso superior, havia duas salas de games, um estúdio fotográfico profissional incrível, cujas fotos eram tiradas gratuitamente, e um espaço amplo para stands e seus produtos tentadores.
O bar possui bebidas interessantes à preços acessíveis e regulares.
Circulando entre as pessoas e analisando suas opiniões sobre o evento, eu me deparo com uma aceitação muito boa por parte delas com relação a festa e a cena Perky-Goth.
“-Eu já conhecia o Perky, fui à Perky Goth Party ano passado, e adorei.”, diz Misery, uma bela jovem com quem estive conversando. “-O principal atrativo é que é uma cena diferente que proporciona tanto o tradicional (do Gótico tradicional) como novidades, tipo o J-Goth/J-Rock. Não foca e não te prende em um único elemento. E este lugar está incrível hoje!” termina, sorridente.



Entrada da festa, as 23:00

Foi uma noite agradável e interessante. E a cena Perky-Goth (da qual já me considero um ambulante old, rs) só tem à ganhar se outras festas como esta passarem à vigorar! É tradição e novidade e muita diversão garantida por essa galera esforçada e com vontade de fazer sua própria cena acontecer!! ;-)

Outros eventos da cena onde irá encontrar um set pra lá de Perky:
-PROJETO ABSINTHE: O evento modelo da capital já fez diversos especiais Perky-Goth, e agora conta com aberturas Perky em todas as suas edições!
Mais informações (tais como datas dos próximos eventos + programação e especiais + cadastros e promoções) no site do Gothic Station:
www.gothicstation.com.br/projetoabsinthe =)
-PERKY-GOTH PARTY: A maior festa Perky-Goth do Brasil teve sua épica primeira edição em outubro de 2012, e contou com a presença de celebridades internacionais, como o japonês GPK. A segunda edição está prevista para outubro deste ano.
-PERKYCON: A PerkyCon não se trata de uma balada, mas sim de um evento que reúne os membros da cena Perky de todo o estado para um dia de travessuras e gostosuras. Diversas atividades são feitas no decorrer da convenção, de picnics à sarais.
Mais informações sobre a PerkyCon é só ficar ligado aqui, no Mechanical Bat.


O Bar SP, mais conhecido como o antigo Darta Jones, tem sua localização na Rua dos Pinheiros, 458, à 1.500m. das estações Clínicas e Faria Lima.
Maiores informações (tais como horários de funcionamento, promoções, informações e curiosidades sobre o lugar) no seguinte endereço:
www.barsp.com
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