quinta-feira, 9 de maio de 2013

Clássicos e Atuais


Aqui, resumiremos a trajetória de três bandas consolidadas da cena, e que ainda permanecem na ativa até os dias atuais.

Christian Death (Post-Punk, Deathrock)

Formado por volta de 1979 na Califórnia, o Christian Death é uma das bandas percussoras do Deathrock.
Sua formação foi bastante complexa, e da banda surgiria nomes que ficariam famosos na cena tempos depois, como é o caso de Eva O e Gitane Demone.
A banda trata quase que totalmente de temas religiosos, quase sempre de uma forma sarcástica, sádica e ácida, demonstrando sua insatisfação com a religião e como ela pode doutrinar as pessoas de uma forma errada e, em certos casos, irremediável.
Rozz Williams, vocalista da banda e ícone quando o assunto é Deathrock, é uma grande personalidade para a cena Gótica. Enquanto os visuais de grande parte das bandas da atual cena Deathrock puxam e valorizam uma estética mais ligada ao Punk, Rozz era profundamente ligado com o Gótico, sendo ele um dos grandes responsáveis (há quem diga culpado, rs) pela grande teia e ligação que existe entre as duas cenas. Sua morte precoce, em 1998, deixou muita gente abalada, sem saber que caminho tomar.
Atualmente, a banda ainda está em atividade, ostentando o titulo de “Christian Death 1334”, com Valor nos vocais. Há quem torça o nariz para Valor, afirmando que ele simplesmente usufrui a fama de algo que ele não criou, e que ele deveria montar um projeto solo, deixando os créditos do Christian Death somente para o falecido Rozz. Contudo, a faixa “Church of no Return” faz qualquer um se esbaldar numa pista trevosa.

Clan of Xymox (Darkwave, Eletro-Goth, Gothic Rock)

O Clan of Xymox iniciaram suas atividades em meados de 1983.
Logo no início de sua brilhante carreira, a banda já trouxe consigo certa inovação ao cenário da época, misturado o rock à pegadas e batidas eletrônicas.
A formação essencial da banda predomina até os dias de hoje, e são considerados grande influência para outros grandes nomes do Darkwave, como Frozen Autumn e The Cruxshadows.
A temática varia de acordo com o álbum e a fase da banda, mas os contornos continuam tão iguais quanto em 1983: o obscuro e o decadente, além da imagem feminina sempre muito presente e comentada (Emily, Louise, etc) em algumas de suas faixas mais famosas.
Talvez esta seja a banda que mais acompanhou as modificações que a Subcultura tem absorvido com o passar do tempo. Uma prova disso é a sonoridade, que de Darkwave oitentista, passou à ter elementos de Eletro-Goth e Gothic Rock em trabalhos mais recentes. Poucas bandas da cena ficaram tão à vontade e se adaptaram tão bem à essas alterações quanto o Clan of Xymox.
Esteticamente, Ronny e Mojca são referências na cena desde a década de 1990, com um visual carregado de tradição sem deixar de lado as novidades que surgem todos os dias.

Depeche Mode (Darkwave, Synth-Pop)

A banda teve sua formação por volta de 1980, na velha terra da rainha (Reino Unido).
Famosos por seus álbuns grandiosos e memoráveis, a banda deixou de fazer grandes feitos apenas na música underground, e partiu para criar seu próprio marco na história da música inglesa das décadas de 1980 e 1990.
À princípio, tinha sua música mais próxima ao underground, criando um som Darkwave muito gostoso e interessante de ouvir e dançar. Contudo, algum tempo depois, resolveram criar um som mais “light”, indo juntar-se então ao grupo de bandas chamado “Synth-Pop”.
A formação permanece a mesma em suas mais de três décadas de carreira, um marco quase que único da própria banda na história da música. São considerados influências para centenas de artistas, dentro e fora da cena.
Os temas usados pelo Depeche Mode em suas músicas e álbuns divergem e variam de acordo com a fase da banda. Na década de 1980 costumavam cantar temas considerados polêmicos para a época (por exemplo, a faixa “Personal Jesus”); na atualidade, circulam mais sobre temas como amor, ódio, felicidade e infelicidade, entre outros. A banda deve ser a que mais possui covers de outros artistas, perdendo apenas para David Bowie, muito provavelmente.
Já entraram para o seleto grupo “As dez melhores bandas da Grã Bretanha”, e seu trabalho mais recente tem estado sob muitos holofotes, que descrevem o álbum como uma viagem louca e digna, coisa que só mesmo o Depeche Mode sabe como conseguir.

Conhecer o trabalho desses artistas só comprova como é pura tolice afirmar que o Gótico terminou nos anos 1980. Na atualidade temos tanto bandas novas e não menos talentosas, como bandas consideradas “olds” na ativa e acompanhando todas as novidades e seus novos aspectos absorvidos pela cena em si!
;-)

Um comentário: